Operadora de câmara que rasteirou refugiados diz que agiu por pânico

Petra László diz que teve medo e rejeita as críticas de racismo e as ameaças de morte recebidas após a divulgação dos vídeos.

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Imagem de quando a mulher passa uma rasteira a um homem com uma criança ao colo Marko Djurica/Reuters

Os dois vídeos onde Petra László surge de câmara em punho a pontapear e a rasteirar refugiados ocorreram em Roszke, no Sul da Hungria, perto da fronteira sérvia. Até ao dia dos incidentes operadora de câmara da estação de televisão online N1TV, as agressões de László foram noticiadas em todo mundo e a húngara passou a ser alvo de críticas e ameaças nas redes sociais, tendo mesmo sido criadas páginas no Facebook a condenar o seu comportamento.

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Os dois vídeos onde Petra László surge de câmara em punho a pontapear e a rasteirar refugiados ocorreram em Roszke, no Sul da Hungria, perto da fronteira sérvia. Até ao dia dos incidentes operadora de câmara da estação de televisão online N1TV, as agressões de László foram noticiadas em todo mundo e a húngara passou a ser alvo de críticas e ameaças nas redes sociais, tendo mesmo sido criadas páginas no Facebook a condenar o seu comportamento.

Numa carta publicada no jornal diário Magyar Nemzet, Petra László afirma que tem estado em choque desde os incidentes da última terça-feira e que tem sido atacada injustamente. “Tive medo da multidão que corria na minha direcção e depois alguma coisa me aconteceu”, escreveu. Actualmente sob investigação policial, László assegura que não é uma operadora de câmara “sem coração, racista e agressora de crianças”. “Não mereço a caça às bruxas política que existe contra mim, nem as críticas ou as ameaças de morte. Sou apenas uma mulher e agora uma mãe de crianças pequenas desempregada, que tomou uma má decisão numa situação de pânico. Lamento profundamente”.

Nas imagens que foram replicadas centenas de vezes online, a mulher húngara surge numa situação a pontapear refugiados, incluindo uma menina, e numa outra a rasteirar um homem em fuga com uma criança ao colo. 

As críticas online multiplicaram-se, a que se juntaram posições iradas da oposição húngara. Elementos dos partidos Együtt-PM e da Coligação Democrática afirmaram que vão avançar com um processo contra László por “violência contra um membro da comunidade”, crime que na Hungria pode ser punido com uma pena de prisão de até cinco anos.

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A Europa enfrenta uma grave crise de migração, com milhares de refugiados a fugir da guerra e conflitos nos seus países. A Hungria tem sido um país de passagem para outros países da Europa Ocidental, com a Alemanha a liderar os territórios mais procurados. As respostas húngaras ao fluxo migratório têm sido controversas e as posições assumidas pelo primeiro-ministro húngaro, que afirma que os refugiados não são bem-vindos ao país, firmes.  

Para esta sexta-feira é aguardada uma reunião, em Praga, entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da República Checa, Hungria, Polónia e Eslováquia, com os homólogos alemão e luxemburguês, cujo país assume actualmente a presidência europeia.

Do encontro são esperadas respostas para as divisões dentro da Europa sobre como agir perante a crise migratória, da qual resultou a entrada de 160 mil pessoas no bloco europeu.