Árabes voltam a contratar médicos em Portugal e oferecem salário de 12 mil euros

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Os benefícios prometidos incluem alojamento, seguro de saúde familiar, 44 dias de férias, passagens aéreas e prémios Enric Vives Rubio

Os médicos que este grupo procura têm de ter uma experiência mínima de três anos após a especialidade de neurocirurgia, pediatria, anestesiologia, medicina intensiva, urologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, obstetrícia e ginecologia, cirurgia-geral, cardiologia e ortopedia. Idade máxima aceite no acto da candidatura: 58 anos.

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Os médicos que este grupo procura têm de ter uma experiência mínima de três anos após a especialidade de neurocirurgia, pediatria, anestesiologia, medicina intensiva, urologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, obstetrícia e ginecologia, cirurgia-geral, cardiologia e ortopedia. Idade máxima aceite no acto da candidatura: 58 anos.

O grupo está igualmente a recrutar médicos jovens e recém especialistas de dermatologia, radiologia, medicina intensiva e medicina dentária.

O salário livre de impostos vai de oito mil euros e 12 mil euros, “podendo ser superior em função da especialidade, anos de experiência e qualificação”. Os benefícios prometidos incluem ainda “alojamento para o agregado familiar, seguro de saúde familiar, até 44 dias de férias pagas, passagens aéreas e prémios”. O anúncio de emprego consta do site da Ordem dos Médicos. As entrevistas, em Lisboa, acontecem a 18 e 19 de Outubro.

Depois de no ano passado terem sido contratados médicos portugueses pelo mesmo grupo, já este ano a empresa que tinha intermediado a contratação anunciou que hospitais da Arábia Saudita estavam também interessados em técnicos de análises clínicas e de radiologia, fisioterapeutas, entre outros. No caso dos directores de enfermagem, os salários líquidos anuais isentos de impostos poderiam ascender aos 95 mil euros por ano, divulgava o anúncio de emprego então publicado em Portugal.

Um estudo publicado em Junho na Acta Médica Portuguesa, uma publicação da Ordem dos Médicos, baseado na inquirição a mais de 800 internos de 45 especialidades diferentes, revelou que cerca de 65% dos que frequentam o internato da especialidade em Portugal admitem emigrar após concluída a formação.

Só no ano passado, emigraram 387 médicos e cerca de 1100 pediram o certificado à Ordem para poderem exercer a profissão noutro país, contabilizou recentemente o bastonário José Manuel Silva. com Lusa