Costa pisca olho ao centro-direita e diz ter programa “conservador e prudente”
Candidato socialista a primeiro-ministro diz que não recebe lições quanto à boa gestão das coisas públicas”
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Irritado com o jornalista, que acusou de “repetir a argumentação da coligação” PSD/CDS, Costa acusou o actual Governo de nunca acertar nas contas”, de “não cumprir uma promessa” e de “falhar em dois dos objectivos principais a que se tinha proposto: pôr a economia a crescer; e reduzir a dívida”.
Dando um sinal de algum desapego, o líder do PS disse não estar “nesta campanha eleitoral para perder a credibilidade” que acumulou ao longo da anos na vida política “para ganhar mais meia dúzia de votos”. Sublinhando esta ideia, partiu para o ataque ao seu principal adversário na corrida a chefe do Governo, com quem participara num debate na véspera, e separou águas. “O actual primeiro-ministro, o currículo que tem para apresentar é que herdou uma grande dívida e aumentou-a 19%, eu herdei uma grande dívida e reduzia-a em 40%; ele aumentou os impostos, eu baixei os impostos; ele cortou no investimento, eu aumentei no investimento”, comparou, para concluir que “do actual primeiro-ministro” não recebe “lições quanto à boa gestão das coisas públicas”.
Sobre a futura equipa de um eventual Governo socialista e o perfil das personalidades que dele farão parte António Costa pouco disse. “O Governo será apresentado no momento próprio e se o Presidente da República, em função dos resultados eleitorais, cumprir a Constituição e me indigitar para formar Governo”. Estava dado o recado a Cavaco Silva. E para ministro das Finanças? “Não vamos estar aqui a fazer uma lotaria de formação de Governo aqui à mesa da RTP”, disse o secretário-geral do PS, revelando que “tem bem presente na cabeça quer a estrutura do Governo, quer uma possível composição do Governo” que quer liderar.