Passos é o único primeiro-ministro a entregar o país mais pobre do que o recebeu?
Se Passos Coelho deixar de ser primeiro-ministro após as eleições, tornar-se-á no primeiro, desde pelo menos 1976, a registar uma quebra no PIB durante o seu mandato.
A frase
O contexto
Logo no arranque do debate, António Costa puxa de um gráfico e acusa Passos Coelho de ter deixado o país mais pobre do que quando o recebeu, ao contrário do que sucedeu com os seus antecessores. No gráfico recua apenas até ao mandato de António Guterres.
Os factos
Recorrendo aos dados trimestrais das séries longas do Banco de Portugal e recuando até ao primeiro Governo Constitucional após o 25 de Abril, conclui-se que, entre os 13 líderes do Governo (Mário Soares duas vezes), apenas Passos Coelho terminará um mandato com o PIB de valor mais baixo, em termos reais, do que o de quando tomou posse.
A análise é feita comparando o valor do PIB no trimestre anterior ao da data de tomada de posse de um primeiro-ministro com o valor do PIB do trimestre em que se conclui o mandato.
Passos Coelho regista nos quatro anos cumpridos até ao momento uma redução real do PIB de 4,5%. O segundo pior resultado é de Durão Barroso que, enfrentando também uma crise orçamental entre 2002 e 2004, não conseguiu mais que um crescimento de 0,2%. Em terceiro, aparece o mandato de Mário Soares entre 1983 e 1985, quando, também com a presença do FMI no país, a economia cresceu 0,7%.
Os melhores resultados, ajudados pela longevidade da permanência em São Bento, foram de Cavaco Silva que, entre 1985 e 1995, registou um crescimento de 50,2%, e de António Guterres, com um crescimento de 25,4%, entre 1995 e 2002.
Em resumo
Se Passos Coelho deixar de ser primeiro-ministro após as eleições, tornar-se-á no primeiro, desde pelo menos 1976, a registar uma quebra no PIB durante o seu mandato.
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A frase
O contexto
Logo no arranque do debate, António Costa puxa de um gráfico e acusa Passos Coelho de ter deixado o país mais pobre do que quando o recebeu, ao contrário do que sucedeu com os seus antecessores. No gráfico recua apenas até ao mandato de António Guterres.
Os factos
Recorrendo aos dados trimestrais das séries longas do Banco de Portugal e recuando até ao primeiro Governo Constitucional após o 25 de Abril, conclui-se que, entre os 13 líderes do Governo (Mário Soares duas vezes), apenas Passos Coelho terminará um mandato com o PIB de valor mais baixo, em termos reais, do que o de quando tomou posse.
A análise é feita comparando o valor do PIB no trimestre anterior ao da data de tomada de posse de um primeiro-ministro com o valor do PIB do trimestre em que se conclui o mandato.
Passos Coelho regista nos quatro anos cumpridos até ao momento uma redução real do PIB de 4,5%. O segundo pior resultado é de Durão Barroso que, enfrentando também uma crise orçamental entre 2002 e 2004, não conseguiu mais que um crescimento de 0,2%. Em terceiro, aparece o mandato de Mário Soares entre 1983 e 1985, quando, também com a presença do FMI no país, a economia cresceu 0,7%.
Os melhores resultados, ajudados pela longevidade da permanência em São Bento, foram de Cavaco Silva que, entre 1985 e 1995, registou um crescimento de 50,2%, e de António Guterres, com um crescimento de 25,4%, entre 1995 e 2002.
Em resumo
Se Passos Coelho deixar de ser primeiro-ministro após as eleições, tornar-se-á no primeiro, desde pelo menos 1976, a registar uma quebra no PIB durante o seu mandato.