Eles promovem a inclusão na sociedade através da fotografia

O Movimento de Expressão Fotográfica está há 15 anos a cultivar o gosto pela fotografia em públicos com pouco acesso à arte

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Curso de iniciação à fotografia Luís Rocha

Foi em 2000 que nasceu o Movimento de Expressão Fotográfica (MEF). Aqui promove-se o gosto pela fotografia em pessoas que não usufruem das mesmas oportunidades que o cidadão comum.

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Foi em 2000 que nasceu o Movimento de Expressão Fotográfica (MEF). Aqui promove-se o gosto pela fotografia em pessoas que não usufruem das mesmas oportunidades que o cidadão comum.

 

O lema é “integrar pela arte”, algo que a associação sem fins lucrativos tem sempre em conta nas suas iniciativas. Em conjunto com instituições de acção social, o MEF dá formação na área da fotografia a portadores de deficiências visuais, motoras e mentais e a pessoas economicamente carenciadas.

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O MEF em São Tomé e Príncipe Luís Rocha

 

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O MEF na Índia Luís Rocha

Lisboa foi o berço desta democratização da fotografia, mas o projecto já se espalhou por outras cidades do país. O objectivo de há 15 anos continua a ser o de hoje: tornar a fotografia numa arte que faça parte do quotidiano de todos e que “não se limite a ser apenas propriedade de uma elite”, explica Luís Rocha, o director do projecto, ao P3.

 

O MEF organiza “workshops” e tertúlias com vários fotógrafos, viagens, exposições e outros eventos onde a fotografia é discutida e celebrada. Através destas iniciativas, a organização tenta que todos os cidadãos disponham das mesmas oportunidades, neste caso, a de acesso à formação e ao contacto com o equipamento fotográfico. Quem participa nestes projectos tem também a oportunidade de expor e divulgar os seus trabalhos.

 

Ao longo de mais de uma década, são inúmeros os eventos que já realizaram, mas Luís Rocha destaca duas actividades que tiveram grande importância pelo seu carácter inclusivo: os projectos “Imagine Conceptuale” e “Este Espaço Que Habito”.

 

No “Imagine Conceptuale”, o grupo trabalhou com pessoas cegas e de baixa visão. “Este projeto partiu com base na questão: que percepção terá da fotografia uma pessoa que não vê, ou vê muito pouco? No evento, fotografámos o que ouvimos, o que sentimos e até o que imaginamos”, explica Luís Rocha.

 

O projecto “Este Espaço Que Habito” é dedicado aos jovens em cumprimento de medida tutelar de internamento em centros educativos. O objectivo passa por desafiá-los a explorar de uma forma artística o espaço onde habitam naquele momento e de o olharem de uma forma diferente. O MEF afirma que os jovens conseguiram explorar a sua criatividade e expressão artística e afirma que esta experiência contribuiu para o autoconhecimento de cada um dos envolvidos.?

A associação quer dar continuidade ao seu trabalho na integração através da arte e estão já a pensar na quarta edição da Revista TEMA, uma revista dedicada à fotografia documental.