Faro anuncia candidatura a Capital Europeia da Cultura de 2027

A candidatura vai ser ai ser apresentada oficialmente em 2017.

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A necessidade de conferir a Faro o verdadeiro estatuto de capital da principal região turística do país é o desafio dos candidatos enric vives rubio

“Não é um processo fácil, vamos ter, de certeza, várias cidades concorrentes, mas penso que Faro e o Algarve têm condições”, disse Rogério Bacalhau aos jornalistas à margem do evento.

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“Não é um processo fácil, vamos ter, de certeza, várias cidades concorrentes, mas penso que Faro e o Algarve têm condições”, disse Rogério Bacalhau aos jornalistas à margem do evento.

A candidatura que será liderada por Guilherme de Oliveira Martins, actual presidente do Centro Nacional de Cultura, vai ser apresentada oficialmente em 2017.

O resultado será conhecido em 2019, após deliberação de um colégio de peritos da União Europeia.

O anúncio surge no Dia do Município de Faro, dez anos depois da “Faro, Capital Nacional da Cultura 2005”.

O presidente da Câmara de Faro pensa que a região está apetrechada com bons equipamentos para a realização de eventos culturais e que, neste momento, o maior desafio será criar uma programação organizada.

O desafio é lançado por Faro, mas o executivo municipal pretende envolver a região do Algarve, estando Rogério Bacalhau a preparar-se para apresentar o projecto na Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL).

Segundo aquele responsável, a ideia é conseguir ter, em 2027, “um conjunto de eventos que chamem a atenção para Faro e para o Algarve de uma forma diferente, não só o sol e praia, que é um grande ativo”, mas também a cultura, a identidade e o património.

O património histórico edificado da capital algarvia é uma das áreas que a autarquia pretende libertar e colocar disponível à população residente e turística.

Rogério Bacalhau deu como exemplo o edifício onde funcionou o Governo Civil ou o edifício da Alfândega, como espaços que podem contribuir para reforçar a oferta turística na área cultural.

“Hoje não faz muito sentido que alguns edifícios, ainda por cima com história, estejam a ser ocupados ou reocupados por serviços públicos”, comentou Rogério Bacalhau, assegurando que a autarquia está disponível para assumir a requalificação e dinamização desses edifícios.