Agustina Bessa-Luís homenageada pelo presidente da Câmara do Porto
"Este dia é dedicado à felicidade, não à infelicidade", declarou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, preferindo falar da escritora portuense Agustina Bessa-Luís, e recusando falar sobre política nacional ou sobre o tema dos transportes no Porto – Metro do Porto e Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), em processo de concessão a privados.
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"Este dia é dedicado à felicidade, não à infelicidade", declarou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, preferindo falar da escritora portuense Agustina Bessa-Luís, e recusando falar sobre política nacional ou sobre o tema dos transportes no Porto – Metro do Porto e Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), em processo de concessão a privados.
A Feira do Livro do Porto de 2015 está a decorrer até dia 20 deste mês, nos jardins do Palácio de Cristal, sob o tema da "Felicidade".
"Só falo sobre o poder autárquico, e temos tido bastante poesia graças a Deus", declarou aos jornalistas, após ter participado na cerimónia oficial no âmbito da Feira do Livro, à escritora Agustina Bessa-Luís, que decorreu nos jardins da Palácio de Cristal e na qual foi atribuída uma tília de homenagem àquela escritora.
Agustina, "para nós, é uma referência eterna e é uma pessoa que está viva e vive no Porto, é uma grande escritora do Porto", explicou Rui Moreira, confessando que escreveu o seu livro "Uma questão de carácter" baseado no que um dia a Agustina Bessa Luís disse: "que esta cidade [Porto] ainda não descobriu o seu carácter".
"Talvez por isso, eu escrevi um livro chamado Uma questão de carácter. Quando escrevi o livro li atentamente muito do que a Agustina escreveu sobre o Porto. O Porto que passa por todos os livros da Agustina. Se não é o Porto, é o Douro", disse Rui Moreira.
Para o autarca, esta homenagem à escritora Agustina "faz a ligação entre aquilo que é a literatura e aquilo que é a Agustina, o impacto que deu na cidade e a forma como ela entendia todos os lugares da cidade, provavelmente como ninguém".
"Eu acho que estas iniciativas são muito importantes, não só pela homenagem, mas também para relembrar aos mais jovens, que provavelmente não conhecem as obras da Agustina, que vale a pena ler e que encontramos lá páginas maravilhosas do mundo que é o nosso", concluiu.
É o segundo ano consecutivo que a Feira do Livro do Porto tem a organização da Câmara Municipal do Porto e este ano conta com 130 pavilhões, mais 30 do que no ano passado, que incluem 62 editoras e 19 livrarias.