Ovelha à solta

A Ovelha Choné chega ao grande ecrã numa delícia para toda a família que confirma a destreza e o engenho dos estúdios Aardman.

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A Aardman continua a fazer milagres com plasticina e a saber gerir a imparável mecânica chaplinesca do desastre bem-intencionado DR

Daí que esta longa-metragem que devolve a ovelha malandra ao grande écrã feche um pouco o círculo, numa aventura irresistível que mantém intacto o humor muito inglês que nos habituámos a identificar com a animação de stop-motion dos estúdios Aardman, que andaram ali um bocadinho à toa depois dos desaguisados com a Dreamworks pós-A Fuga das Galinhas.

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Daí que esta longa-metragem que devolve a ovelha malandra ao grande écrã feche um pouco o círculo, numa aventura irresistível que mantém intacto o humor muito inglês que nos habituámos a identificar com a animação de stop-motion dos estúdios Aardman, que andaram ali um bocadinho à toa depois dos desaguisados com a Dreamworks pós-A Fuga das Galinhas.

É verdade que A Ovelha Choné, com a sua viagem da Choné e colegas de rebanho, mais o cão Bitzer, à grande cidade para resgatar o Agricultor amnésico, se dirige a um público mais miúdo do que é habitual na Aardman, de acordo com a própria série televisiva. Mas esse “regresso ao básico” ainda torna maior o prazer de ver um filme que sabe gerir a imparável mecânica chaplinesca do desastre bem-intencionado, amplificado pela compreensão de que estes 80 minutos cheios de gagues visuais e discreto engenho técnico passam inteiramente sem diálogo falado de espécie nenhuma. Basta o talento destes animadores capazes de fazer milagres com miniaturas de plasticina, e a atenção aos pormenores de banda-sonora e sonoplastia. Parecendo que não, é imenso, e ajuda muito a tornar o filme numa delícia para toda a família.