Bruno de Carvalho: “Quem intervém no jogo e rouba tem de ser preso”
Indignado, o líder da direcção “leonina” disparou para várias direcções. "O que parece trampa, cheira a trampa e sabe a trampa, é trampa de certeza!”, atirou, via Facebook.
Indignado, o líder da direcção “leonina” disparou para várias direcções. "O que parece trampa, cheira a trampa e sabe a trampa, é trampa de certeza!”, atirou, via Facebook.
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Indignado, o líder da direcção “leonina” disparou para várias direcções. "O que parece trampa, cheira a trampa e sabe a trampa, é trampa de certeza!”, atirou, via Facebook.
“Existem centenas de milhares de pessoas que vivem à custa do futebol. Eles são parte integrante de estruturas, organismos, entidades, associações, empresas, agências, enfim, um sem fim de ‘profissionais’. Depois existem milhões de pessoas que, nada percebendo sobre os verdadeiros meandros do futebol, teorizam, diariamente, por vários meios e locais, criando explicações elaboradas daquilo que chamam o ‘fenómeno’ desportivo. Eles vão tecendo um conjunto de considerandos complexos onde o sistema, o modelo, as noções ofensivas e defensivas, as condutas, tudo serve para criar fórmulas de explicação para que o comum dos mortais perceba este evento mundial que carinhosamente apelidamos de ‘fenómeno’. (…) Mas com o controlo real vem a noção, do povo comum, de ‘injustiça’, ‘corrupção’ e ‘falsidade desportiva’. Então foi criada a teoria do erro. O erro, essa ‘besta’ que assombra o dia-a-dia do comum dos mortais podendo levar a despedimentos, mortes, acidentes, entre tantas outras maleitas, mas que no futebol é saudável e natural! Errar é humano, dizem. Quem nunca errou que atire a primeira pedra, dizem. O erro faz parte do jogo (leia-se controlo), dizem. Sem o erro o futebol perde a graça e naturalidade (leia-se controlo), dizem. A teoria do erro como ‘amigo do futebol’ vai vingando pois mesmo quem não acredita esconde-se atrás de ‘eu até não concordo com nada disto mas são as directivas da UEFA e da FIFA’”, começou por escrever Bruno de Carvalho na sua página oficial na rede social Facebook.
Mas as críticas do presidente do clube de Alvalade não ficaram por aqui. Em causa, as arbitragens nos dois jogos diante do CSKA Moscovo. “Identificada a ‘coisa’ ou melhor o ‘fenómeno’ desportivo, resta pensar na consequência. Afinal como devemos lidar e reagir perante a ‘coisa’? Neste caso a simplicidade também é a chave do sucesso. A roda está inventada. O que a sociedade comum criou para lidar com os poderes ilegais criados dentro do poder legal? Prisões! Quem ‘opera’ fora da lei é preso! Quem rouba é preso! Quem age pelo interesse próprio e não pelo comum e condenado! O futebol não se pode transformar num paraíso do delito. Não pode vir a ser um subsistema de ilegalidade. Não pode ser uma coisa ‘amoral’. O futebol tem de se sujeitar às leis, regras e condutas que a sociedade comum se vê obrigada a cumprir. Quem intervém no jogo e rouba tem de ser preso, não existe outra solução sem criar uma sociedade paralela que ameace tudo o que aprendemos a respeitar.”
“Sem começar a identificar e prender corruptores e corrompidos, sem começar a exigir-se ao futebol o mesmo cumprimento de leis e regras da restante sociedade, sem acabar com a luta desenfreada pelo poder e os seus ‘mecanismos de controlo’, por exemplo com a introdução imediata do vídeo-árbitro, que reduziria logo 90% desse ‘controlo’ efectivo, o futebol arrisca-se a poder ter uma definição simples trazida da sempre brilhante sabedoria popular: ‘O que parece trampa, cheira a trampa e sabe a trampa, é trampa de certeza!’”, apontou.
Horas antes, Bruno de Carvalho tinha utilizado a mesma plataforma para falar à nação sportinguista. “No próximo jogo vamos encher o estádio e mostrar à UEFA como se faz para vencer os jogos sem baixar de nível, sem ser roubados, mostrar aquilo que somos. Sportinguistas, estamos unidos para vencer com este enorme clube”, disse.