Crítica
Cinema
Os deuses devem estar loucos
Uma actualização desastrada e falsamente transgressiva de um texto da Antiguidade Clássica
Da última vez que o cineasta tentou o truque, com a sua versão liceal da Princesa de Clèves, o resultado foi A Bela Junie, provavelmente ainda o seu melhor filme (em Portugal saiu directo em DVD sem passar pela sala) – mas esta selecção de “episódios escolhidos” do poema mitológico é francamente mais desastrada, afundando-se numa espécie de Pasolini hipster de trazer por casa, falsamente transgressivo e incapaz de evocar a poesia pretendida. É como se Honoré partisse do pressuposto que um conceito intrigante insuficientemente trabalhado e um tom de realismo mágico pós-moderno seriam suficientes para sustentar o filme. Vai-se a ver, não são.
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Da última vez que o cineasta tentou o truque, com a sua versão liceal da Princesa de Clèves, o resultado foi A Bela Junie, provavelmente ainda o seu melhor filme (em Portugal saiu directo em DVD sem passar pela sala) – mas esta selecção de “episódios escolhidos” do poema mitológico é francamente mais desastrada, afundando-se numa espécie de Pasolini hipster de trazer por casa, falsamente transgressivo e incapaz de evocar a poesia pretendida. É como se Honoré partisse do pressuposto que um conceito intrigante insuficientemente trabalhado e um tom de realismo mágico pós-moderno seriam suficientes para sustentar o filme. Vai-se a ver, não são.
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