“Vivemos numa época em que precisamos de Lisbeth Salander mais do que nunca”
Este quarto volume da série Millennium escrito por David Lagercrantz, intitulado A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha, só irá para as livrarias portuguesas a 29 de Setembro numa edição da Dom Quixote.
“Vivemos numa época em que precisamos de Lisbeth Salander mais do que nunca”, disse David Lagercrantz, numa conferência de imprensa realizada esta semana em Estocolmo, segundo a agência Reuters.
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“Vivemos numa época em que precisamos de Lisbeth Salander mais do que nunca”, disse David Lagercrantz, numa conferência de imprensa realizada esta semana em Estocolmo, segundo a agência Reuters.
Este quarto volume da série Millennium, intitulado A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha, só irá para as livrarias portuguesas a 29 de Setembro (editado pela Dom Quixote) mas está desde esta quinta-feira à venda em 25 países. Segundo a Reuters, desde a morte de Stieg Larsson em 2004, a série Millennium já vendeu mais de 80 milhões de exemplares em 50 países.
A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha está a ser publicado na Suécia por Eva Gedin, que era a editora de Stieg Larsson no grupo Norstedts. A publicação tem o consentimento da família Larsson (do pai e do irmão) mas a desaprovação da viúva, Eva Gabrielsson, que foi a companheira de Stieg Larsson durante 30 anos e que por não ser casada com ele, e por não existir um testamento, não teve direito à herança.
O romance está a ser traduzido em 42 línguas e a primeira edição atingirá os 2,7 milhões de cópias. Na conferência de imprensa que o escritor David Lagercrantz deu em Estocolmo contou que com medo que um hacker entrasse no seu computador e tivesse acesso ao manuscrito, escreveu este livro num computador que não tinha ligação à Internet.
Todos aqueles que estiveram envolvidos na produção do livro usavam um nome de código para falar sobre a obra e as comunicações entre o escritor e a editora nunca se faziam por email. Mais tarde, os tradutores do livro (de sueco para outras línguas) também trabalharam em computadores que não estavam ligados à Internet e todos assinaram contratos de confidencialidade, explica o jornal francês Libération.
Para o caso de haver dúvidas entre aqueles que só agoram chegam a esta série (as novas gerações de leitores que os editores querem cativar para os outros volumes desta história), A Rapariga apanhada na Teia de Aranha começa com uma lista das personagens dos livros anteriores e com a sua descrição: “Lisbeth Salander – uma talentosa hacker com tatuagens, piercings e um passado complicado”; “Mikael Blomkvist – um jornalista de investigação da revista Millennium. Salander ajudou-o a resolver alguns dos mais importantes casos da sua carreira, como o desaparecimento de Harriet Vanger. Mais tarde, ele ajudou-a a provar que estava inocente num homicídio e a que ela ganhasse a batalha judicial para ter total poder sobre o seu património.”
Na sinopse, que a Dom Quixote disponibilizou ao PÚBLICO, ficámos a saber que neste volume a revista Millennium mudou de proprietários e o jornalista Mikael Blomkvist está quase a ceder aos seus críticos e chega a pensar mudar de profissão. Lisbeth Salander “continua imparável e, sem razão aparente, participa num ataque informático, correndo riscos que normalmente teria evitado. Não parece dela”, conta-se na sinopse.
É então que “uma noite, já tarde, Blomkvist recebe uma chamada do Professor Frans Balder, uma autoridade em Inteligência Artificial, que afirma ter informações importantes sobre os serviços de espionagem dos Estados Unidos, para além de ter estado em contacto com uma jovem hacker que faz lembrar alguém que Blomkvist conhece bem de mais.”
E assim começa a história, com Mikael Blomkvist "a ansiar pelo furo jornalístico de que tanto ele como a revista Millennium precisam desesperadamente, e com Lisbeth Salander, como sempre, a ter a sua agenda própria…”