BCE admite alargar programa de compra de activos
Medida é motivada pela instabilidade nos mercados e baixa do preço das matérias-primas que ameaçam perturbar meta da inflação.
A posição do banco decorre da volatilidade dos mercados bolsistas e da baixa dos preços das matérias-primas, que ameaçam perturbar a meta de inflação do BCE estabelecida em 2%, quando os dados de Julho mostram que a inflação está em 0,2%.
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A posição do banco decorre da volatilidade dos mercados bolsistas e da baixa dos preços das matérias-primas, que ameaçam perturbar a meta de inflação do BCE estabelecida em 2%, quando os dados de Julho mostram que a inflação está em 0,2%.
Citado pela Reuters, aquele que também é o economista chefe do BCE, disse aos jornalistas que “não deve haver ambiguidade quanto à vontade e capacidade do conselho de governadores para agir caso seja necessário”.
"Os desenvolvimentos mais recentes na economia mundial e nos mercados de matérias-primas aumentaram o risco de se atingir uma trajectória para uma inflação próxima de 2%", afirmou Peter Praet.
Segundo o responsável, o programa de compra de activos confere “suficiente flexibilidade para o fazer em termos de dimensão, composição e duração do programa”.
Já na terça-feira, o vice-presidente do BCE, Vítor Constâncio, tinha dito que o banco continuará a aplicar o programa de compra de activos lançado em Março até ao fim (previsto para Setembro de 2016), não descartando a implementação de novas medidas.
O programa da instituição liderada por Mario Draghi prevê a compra de dívida pública e privada até 60 mil milhões de euros por mês para combater a deflação.
O BCE já tinha avisado que os desenvolvimentos na China podem ter um impacto maior que o esperado na conjuntura europeia, dada a relevância da segunda maior economia global no comércio internacional.
Na próxima semana terá lugar uma nova reunião de política monetária do BCE.