Parque tecnológico de Bragança inaugurado sexta-feira sem empresas
Obra arrancou em 2012 e já devia ter sido inaugurada há mais de um ano. "Estamos a fazer as coisas com calma", diz o presidente da Câmara de Bragança, para justificar a ausência de empresas.
“Vamos fazer a inauguração sem qualquer empresa lá instalada e imediatamente a seguir haverá empresas que poderão instalar-se no Brigantia Ecopark”, afirmou à Lusa o autarca social-democrata, Hernâni Dias.
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“Vamos fazer a inauguração sem qualquer empresa lá instalada e imediatamente a seguir haverá empresas que poderão instalar-se no Brigantia Ecopark”, afirmou à Lusa o autarca social-democrata, Hernâni Dias.
A obra arrancou em 2012, a inauguração ocorre com mais de um ano de atraso em relação aos planos iniciais e já esteve marcada para Julho, mas foi adiada por impedimento do primeiro-ministro, que se encontrava em Bruxelas no auge da crise grega.
Pedro Passos Coelho, que já tinha visitado os trabalhos de construção em Maio de 2013, vai inaugurar o equipamento que custou 9,5 milhões de euros e abre apenas com o Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos. Questionado sobre se existe algum número de empresas previsto para o parque, o presidente da câmara respondeu que “há-de ter as que lá se instalarem”. “Não estamos preocupados com essa questão”, afirmou à Lusa, acrescentando apenas que “algumas empresas” já foram aprovadas e “instalar-se-ão na altura em que as próprias empresas decidirem instalar-se lá”.
“Não andamos aqui a trabalhar forçados, estamos a fazer as coisas com calma. Este processo de captação de empresas é contínuo, demorado porque a infraestrutura tem uma grande capacidade para instalação de empresas e não é de um dia para o outro que se consegue preencher todo aquele espaço”, declarou.
Hernâni Dias rejeita comparar este equipamento a “um elefante branco” e afirmou acreditar “piamente" que aquela infraestrutura” irá ter “num prazo razoável várias empresas a trabalhar”, tendo em conta “a qualidade que tem, o objectivo para que foi construída e tudo aquilo que é o contexto actual a nível empresarial, da inovação, dos próprios apoios que vão ser concedidos ao tecido empresarial”.
O Brigantia Ecopark foi lançado em Março de 2012 com a perspectiva de, numa década, criar 480 postos de trabalho e atrair 110 empresas. O projeto está a ser trabalhado desde 2004, época em que surgiu, a nível nacional, a ideia dos polos tecnológicos vocacionados para a investigação e desenvolvimento em áreas específicas regionais.
A autarquia local apostou num espaço para acolher empresas e desenvolver investigação nas áreas do ambiente, energia, ecoconstrução e ecoturismo em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança.