Spotify criticado por pedir acesso a dados pessoais dos utilizadores
Serviço qur aceder a dados biométricos, de localização ou fotografias com o argumento de adaptar as suas funcionalidades às necessidades dos utilizadores.
Segundo as alterações divulgadas recentemente pelo Spotify, a empresa avança que, com a permissão do utilizador, pode vir a recolher informação armazenada no seu dispositivo móvel, como “contactos, fotos, ou ficheiros de media”. “Dependendo do tipo de aparelho que usa para interagir com o serviço e com as suas definições, podemos ainda recolher informação sobre a sua localização com base, por exemplo, no GPS do seu telemóvel ou outras formas de localizar dispositivos móveis”, determinam as novas regras do Spotify.
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Segundo as alterações divulgadas recentemente pelo Spotify, a empresa avança que, com a permissão do utilizador, pode vir a recolher informação armazenada no seu dispositivo móvel, como “contactos, fotos, ou ficheiros de media”. “Dependendo do tipo de aparelho que usa para interagir com o serviço e com as suas definições, podemos ainda recolher informação sobre a sua localização com base, por exemplo, no GPS do seu telemóvel ou outras formas de localizar dispositivos móveis”, determinam as novas regras do Spotify.
Aos utilizadores, a empresa deixa a ressalva: “Se não concordar com os termos desta política de privacidade, então, por favor, não use o serviço”.
Ainda no seu blogue, o Spotify explica o porquê de pedir o acesso a dados do utilizador, uma decisão que pode ser justificada com serviços oferecidos pela empresa como a funcionalidade Spotify Running. Com esta funcionalidade, o serviço tenta adaptar o ritmo da música ao ritmo do passo de corrida do utilizador. Através da sua app, o Spotify consegue detectar o tempo do passo de corrida e rapidamente sugere uma música que combina com o exercício.
“O Spotify está constantemente a inovar e a fazer evoluir o seu serviço para oferecer a melhor experiência possível aos nossos utilizadores. Isto significa fornecer as recomendações perfeitas para cada momento e ajudá-lo a desfrutar, descobrir e partilhar mais música do que nunca. Os dados acedidos simplesmente ajudam a adaptar experiências melhoradas aos nossos utilizadores e a construir produtos novos e personalizados para o futuro”.
Apesar das explicações do Spotify, o conselho de desactivar o serviço caso o utilizador não concorde com as políticas de privacidade já foi seguido por vários utilizadores, incluindo o criador do jogo Minecraft. Markus “Notch” Persson teve mesmo depois, uma troca de tweets com o presidente da empresa, Daniel Ek. “Acabei de cancelar a minha [conta] também”, escreveu Persson na sua conta do Twitter, ao que Ek respondeu “@notch leste o nosso blogue?” “Vamos pedir especificamente autorização para usarmos a câmara ou GPS”.
Persson respondeu, acusando as novas medidas de serem uma invasão de privacidade “assustadora”. Na resposta, EK voltou a sublinhar que será sempre pedida permissão para o acesso aos dados. Persson encerrou a conversa com uma frase do próprio Spotify – “Se não concorda com os termos desta política de privacidade, então, por favor, não use o serviço”.
Actualmente, o Spotify tem 75 milhões de utilizadores activos e 20 milhões de subscritores do serviço em 58 países.