Rodrigo quer usar o frigorífico para aquecer água
O calor que o frigorífico gera pode servir para aquecer um depósito de água, reaproveitada depois para consumo doméstico. Rodrigo Martins criou um sistema que aproveita esse calor e é um dos oito semi-finalistas do Prémio EDP Inovação
E se o calor gerado por um frigorífico pudesse servir para aquecer a água utilizada nos banhos ou em electrodomésticos? Rodrigo Martins debruçou-se sobre esta questão e desenvolveu um protótipo que reaproveita esse calor e o encaminha para um depósito de água, poupando assim no aquecimento da mesma. A ideia é uma das oito semi-finalistas do Prémio EDP Inovação.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
E se o calor gerado por um frigorífico pudesse servir para aquecer a água utilizada nos banhos ou em electrodomésticos? Rodrigo Martins debruçou-se sobre esta questão e desenvolveu um protótipo que reaproveita esse calor e o encaminha para um depósito de água, poupando assim no aquecimento da mesma. A ideia é uma das oito semi-finalistas do Prémio EDP Inovação.
“Na grelha que ocupa a parte traseira de um frigorífico, a temperatura chega a atingir os 40 graus”, explica ao P3 Rodrigo, que criou um sistema para encaminhar o calor — normalmente desperdiçado — até um depósito. Este, com capacidade para 100 litros de água, tem uma ligação directa com a canalização. “Ao abrir a torneira, por exemplo, para tomar banho, a água passa pelo reservatório e é aquecida. Só depois é que segue para o banho”, continua o jovem de Odivelas.
Os 100 litros que são aquecidos recorrendo ao calor do frigorífico — e que podem nem sempre chegar à temperatura pretendida, necessitando da ajuda extra de outra fonte de aquecimento — podem significar “uma poupança à volta dos 30%”, a longo prazo. “Em cerca de 5 a 6 horas consegue-se ter os 100 litros a 40 graus”, garante.
À partida, o sistema pode ser instalado em qualquer frigorífico, através de algumas alterações na grelha. O depósito que Rodrigo, de 23 anos, desenhou assemelha-se a um termoacumulador e foi pensado para estar colocado em cima do frigorífico, “uma área morta”. Inicialmente concebido no âmbito da tese de mestrado em Engenharia da Energia e do Ambiente, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o sistema pode vir a custar perto de 200 euros.
O Prémio EDP Inovação, já na 7.ª edição, distingue projectos na área da inovação tecnológica ou negócios ligados a tecnologias limpas no sector da energia. A concurso estão 50 mil euros, entregues em Novembro a um dos três projectos que, entretanto, serão escolhidos como finalistas.