Manuel Alegre apoia candidatura de Maria de Belém

Histórico do PS e conselheiro de Estado diz que a antiga ministra é uma "falsa frágil" e tem "condições para derrotar qualquer candidato de direita”.

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Carlos Lopes

“É tempo de Portugal ter uma mulher na Presidência da República”, defende Manuel Alegre, que começa o artigo por sublinhar que não tinha intenção de se pronunciar sobre as presidenciais antes das eleições legislativas de 4 de Outubro. No entanto, “algumas afirmações feitas ultimamente sobre a pessoa de Maria de Belém” levaram o conselheiro de Estado a assumir uma posição.

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“É tempo de Portugal ter uma mulher na Presidência da República”, defende Manuel Alegre, que começa o artigo por sublinhar que não tinha intenção de se pronunciar sobre as presidenciais antes das eleições legislativas de 4 de Outubro. No entanto, “algumas afirmações feitas ultimamente sobre a pessoa de Maria de Belém” levaram o conselheiro de Estado a assumir uma posição.

Alegre diz apostar numa “socialista substantiva, com uma longa biografia política e provas dadas na luta pelos valores da liberdade, pelos direitos sociais, pela igualdade de género e pelos serviços públicos que simbolizam a natureza progressista e igualitária da nossa democracia: Serviço Nacional de Saúde, escola pública, Segurança Social”.

Quanto às críticas que têm sido feitas a uma candidatura feminina a Belém, o histórico socialista considera que “partem de preconceitos sexistas e machistas” e que “não há proprietários da esquerda nem monopólio de candidaturas”.

“Apoiarei uma candidatura de Maria de Belém porque não me considero órfão de ninguém nem admito que o PS e a esquerda se resignem a perder a eleição presidencial”, reforça no artigo de opinião. Mais, escreve Alegre, a candidatura de Belém é um “acto de coragem cívica, essencial a qualquer combate político”.

“Conheço a sua capacidade de debate e a sua consistência política aliadas a um profundo sentido de tolerância e solidariedade. Maria de Belém é uma falsa frágil. Essa é a sua força. Tem condições para derrotar qualquer candidato de direita”, finaliza o conselheiro de Estado.

A ex-ministra da Saúde e antiga presidente do PS confirmou nesta segunda-feira que vai avançar para a Presidência da República e que irá apresentar a sua candidatura após as eleições legislativas.

A confirmação surge após semanas de apelos vários à candidatura, que incluiu uma petição subscrita por 100 personalidades, intitulada “Esta é a hora da cidadania”. Os escritores Nuno Júdice, Rita Ferro e Inês Pedrosa assinaram a petição, assim como Simonetta Luz Afonso, os reitores do ISCTE e da Universidade Nova, e os jornalistas Eduardo Miragaia e Edite Espadinha.