Governo grego avança com concessão de aeroportos à Alemanha
Executivo de Alexis Tsipras começa programa de privatizações de infra-estruturas e alivia controlo de capitais.
O negócio estava em marcha quando o Executivo tomou posse após as eleições de Janeiro, e foi na altura congelado. Em Julho, a agência de privatizações publicou de novo o concurso e pediu que o consórcio fosse de novo designado e a operação finalizada. Trata-se de aeroportos com muito tráfego de cidades como Salónica ou ilhas como Corfu, Rhodes, Kos e Santorini.
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O negócio estava em marcha quando o Executivo tomou posse após as eleições de Janeiro, e foi na altura congelado. Em Julho, a agência de privatizações publicou de novo o concurso e pediu que o consórcio fosse de novo designado e a operação finalizada. Trata-se de aeroportos com muito tráfego de cidades como Salónica ou ilhas como Corfu, Rhodes, Kos e Santorini.
Em Abril, o Governo tinha cedido os direitos das apostas de corridas de cavalos a uma filial de uma empresa de apostas desportivas com capital grego e checo, num negócio também iniciado pelo Governo anterior e suspenso pelo Syriza. São 20 anos de exploração por 40,5 milhões de euros. Mas este anúncio marca a primeira concessão de infra-estruturas.
O programa de privatizações da Grécia, para um fundo que deverá chegar aos 50 mil milhões de euros, faz parte do acordo entre o país e os credores para um terceiro empréstimo durante um período de três anos.
O acordo foi aprovado pelo Governo grego na passada sexta-feira e será agora votado por alguns outros parlamentos, incluindo o alemão, um dia antes de a Grécia ter de fazer um pagamento ao Banco Central Europeu.
O acordo segue-se a semanas de montanha russa na sequência do impasse negocial e do referendo convocado pelas autoridades gregas a um acordo para um empréstimo de curto prazo, que viu o país ser sujeito a medidas de controlo de capitais logo a seguir ao anúncio da consulta, a 27 de Junho. As regras do controlo foram esta terça-feira novamente aliviadas, com a possibilidade de os cidadãos poderem transferir até 500 euros por mês para o estrangeiro e com montantes maiores para transferências para estudantes fora do país.
Será ainda possível a abertura de novas contas, embora dessas não possa ser levantado dinheiro, apenas transferido para pagar contas ou empréstimos.