Bush critica ausência de dissidentes como "mais uma cedência aos Castro"
Antigo governador da Florida diz que a visita de Kerry "é particularmente insultuosa para os dissidentes". Yoani Sánchez, uma dissidente, reconhece dificuldades, mas saúda o fim de "uma etapa".
Num outro evento, mais tarde, o secretário de Estado norte-americano recebeu alguns deles na embaixada – uma medida calculada para não pôr em causa o que já foi alcançado desde Dezembro, segundo a Casa Branca.
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Num outro evento, mais tarde, o secretário de Estado norte-americano recebeu alguns deles na embaixada – uma medida calculada para não pôr em causa o que já foi alcançado desde Dezembro, segundo a Casa Branca.
O pragmatismo da decisão foi mal recebido nos EUA por Jeb Bush, que está na corrida para se candidatar à Casa Branca pelo Partido Republicano. "A visita do secretário Kerry é particularmente insultuosa para os dissidentes cubanos. O facto de aqueles cubanos corajosos, cujo único crime é lutarem pela liberdade e pela democracia, ficarem de fora da cerimónia oficial, é mais uma cedência aos Castro", afirmou o antigo governador da Florida, onde reside grande parte da comunidade cubana nos EUA.
Num tom mais conciliatório, a conhecida dissidente Yoani Sánchez defendeu que a reaproximação entre os dois países esvazia o discurso oficial de que os EUA são culpados por tudo o que se passa em Cuba, mas sublinhou que ainda há muitos obstáculos a ultrapassar: "Para a minha geração, como para muitos outros cubanos, termina uma etapa. Não significa que a partir de amanhã se concretize tudo o que temos sonhado, nem que a liberdade irrompa por obra e graça de um pedaço de pano que se agita" na embaixada norte-americana.
Em resposta às críticas sobre a situação dos direitos humanos em Cuba, durante uma conferência de imprensa ao lado do secretário de Estado norte-americano, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodriguez, disse estar preocupado com a situação dos direitos humanos nos EUA.