Marido de directora de colégio na Amadora suspeito de abusar de três meninas de seis anos

Suspeito foi ouvido por um juiz no tribunal da Amadora e ficou em prisão preventiva.

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Valor associado ao crime já ascende a 1,1 milhões de euros Sérgio Azenha

“Reunido um conjunto de elementos que indiciam de forma bastante as suspeitas iniciais, foram os autos presentes às autoridades judiciárias competentes para avaliação e o arguido presente a primeiro interrogatório judicial, tendo sido sujeito à medida de coacção de prisão preventiva”, lê-se no comunicado da PJ.

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“Reunido um conjunto de elementos que indiciam de forma bastante as suspeitas iniciais, foram os autos presentes às autoridades judiciárias competentes para avaliação e o arguido presente a primeiro interrogatório judicial, tendo sido sujeito à medida de coacção de prisão preventiva”, lê-se no comunicado da PJ.

Os abusos terão ocorrido no interior da escola, onde o suspeito dava umas aulas de apoio de inglês. O empresário, com formação universitária, negou sempre ter cometido qualquer tipo de abusos. Contudo, os testemunhos das três crianças ouvidas pela Polícia Judiciária não deixaram dúvidas aos investigadores, essencialmente pelos detalhes que as meninas relataram. Não houve penetração, mas as menores relataram contactos muito íntimos. Os abusos terão ocorrido nos últimos três meses, estando a polícia a investigar se existiram outros casos mais antigos. 

O suspeito está há largos meses com uma depressão, estando fortemente medicado. A mulher do alegado abusador, directora e proprietária da escola, colaborou com as autoridades, tendo prestado toda a informação solicitada pela PJ. O casal estava casado há mais de uma década, mas não tinha filhos. O empresário não tem qualquer antecedente criminal.

Foram as mudanças de comportamentos na filha que alertaram os pais de uma das meninas. “Não é normal ela estar fechada dentro do quarto e encontrei-a com a mão no órgão e perguntei-lhe o que se passava, se estava assada, etc. Ela disse-me que o senhor lhe tinha feito massagens”, contou a mãe da menina em causa à TVI, no dia seguinte a ter apresentado queixa na polícia.

“Depois de ouvir o caso da primeira menina, com muita calma, cheguei a casa e perguntei-lhe se havia alguma coisa que a deixava desconfortável na escola. Ela disse: ‘Sim, há uma coisa que me deixa desconfortável. (…) É que o X apalpa-me o rabo’”, relata outra mãe à mesma estação de televisão.

Uma das vítimas é filha de uma funcionária da escola, que após confrontar a patroa com a denúncia se despediu. A escola, segunda a sua página de Internet, dispõe de berçario, creche, jardim de infância e primeiro ciclo. Disponibiliza ainda explicações e estudo acompanhado a alunos do ensino básico, do secundário e até do superior.