Governo garante “resposta adequada” a número “anormal” de fogos

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João Almeida (à direita) destacou o elevado número de fogos nos últimos dias Rui Gaudêncio

"Foram dois dias intensos. O dispositivo deu uma resposta positiva apesar das condições meteorológicas severas, e mesmo com essas condições meteorológicas severas, um número de ocorrências que extravasa o que seria normal", afirmou.

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"Foram dois dias intensos. O dispositivo deu uma resposta positiva apesar das condições meteorológicas severas, e mesmo com essas condições meteorológicas severas, um número de ocorrências que extravasa o que seria normal", afirmou.

João Almeida falava no final de uma reunião de emergência que convocou para a capital do Alto Minho. No encontro participaram os presidentes de Câmara do distrito de Viana do Castelo, e todas as entidades da protecção civil para analisar os incêndios que estão a lavrar nos concelhos de Vila Nova de Cerveira, Caminha e Monção.

"Há aqui, em concreto no distrito de Viana do Castelo, nos últimos dias, um número anormal de ocorrências, tendo em conta o histórico, para a severidade meteorológica que estamos a enfrentar (...). Há várias ocorrências que têm tido uma duração de tempo bastante significativa, em municípios diferentes", sublinhou o secretário de Estado.

O governante garantiu que nenhuma das entidades presentes na reunião "referenciou falhas, quer ao nível do dispositivo terrestre, quer de meios aéreos", e disse que entre o distrito de Viana do Castelo e o de Braga, "estão cinco pelotões do Exército" para apoiar no patrulhamento, contingente que "poderá ser reforçado à medida das necessidades".

O secretário de Estado da Administração Interna anunciou ainda estar a caminho da região a força que ajudou, no sábado, a combater um incêndio na Extremadura espanhola.

Adiantou que no distrito de Viana do Castelo estão actualmente 16 grupos de reforço de todo o país e que "tem estado concentrada neste distrito, e também em Braga, uma parte muito significativa dos meios aéreos de ataque ampliado que o dispositivo nacional dispõe".

"Tem sido importante, e foi reconhecido nesta reunião como suficiente mas era preciso organizar para que esta sucessão, ao longo dos dias não produza quebras, para dar a mesma reposta eficaz", disse João Almeida sublinhando a necessidade de nos próximos dias "avaliar no terreno a organização e a logística, para que não haja quebra na capacidade de resposta".

Questionado pela Lusa o secretário de Estado remeteu para a ministra da Administração Interna um ponto de situação, na segunda-feira, sobre os incêndios que lavram no país.

No entanto, adiantou que "os últimos dias, foram indiscutivelmente os dias de maior empenhamento do dispositivo nacional".

"Devo salientar que tendo sido os dias de maior empenhamento do dispositivo, com um número de ocorrências que hoje, até às 19h, já tinha ultrapassado as 300 ocorrências, os 6000 bombeiros, as 1500 viaturas e as 130 missões de meios aéreos. Com toda esta carga a resposta tem sido a adequada com as dificuldades naturais que tem a ver com as condições meteorológicas, e a orografia".

O governante frisou ainda "a necessidade de reforçar a sensibilização, e a dissuasão de práticas que possam, ainda que sendo negligentes, ainda que sem intenção, contribuir para a ocorrência de incêndios florestais. É fundamental o apelo para que toda a população cumpra todas as precauções conhecidas", realçou.