Vodafone Paredes de Coura: as sugestões dos peixe:avião
Dia 20 de Agosto, os peixe:avião actuam no Palco Vodafone. Será um concerto "diferente" até porque há novos temas para testar. Antes, sugerem cinco bandas a não perder no festival
Os peixe:avião estão de regresso à Praia Fluvial do Taboão a 20 de Agosto para um concerto que, conta o guitarrista Luís Fernandes, será "ligeiramente diferente do habitual".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os peixe:avião estão de regresso à Praia Fluvial do Taboão a 20 de Agosto para um concerto que, conta o guitarrista Luís Fernandes, será "ligeiramente diferente do habitual".
Depois de terem estado afastados dos palcos nos últimos meses ("por razões pessoais, mas também para compor, fazer outros projectos e descansar"), os bracarenses apresentaram no mês passado um novo single, "Quebra, que aliás, teve em destaque no canal videoclipe.pt. "Foi uma espécie de olá, estamos aqui e vamos voltar em breve", sublinha o músico ao telefone com o P3. Mesmo que ainda não haja data para a edição do quarto álbum de originais. E também não há pressa. Já gravaram temas novos, sim, que vão aproveitar para testar, por exemplo, no Vodafone Paredes de Coura.
Talvez no futuro surja "um álbum mais arriscado do que o anterior", seguindo ainda assim a linha crua do último disco, simbolicamente homónimo. "Quebra", realça, é provavelmente a música mais "radiofónica", ainda que "não seja uma típica música de rádio". E, por vezes, "o mais arriscado pode ser mais apelativo". A ver.
Também ao vivo veremos que estão diferentes. Já não estão dispostos em linha lembrando os Kraftwerk, como escrevia Gonçalo Frota no Ípsilon em 2013. Apresentam-se muito juntos uns dos outros, quase como num "ensaio", o que numa banda que não é particularmente "efusiva", antes implosiva, alimentando um ambiente de suspensão permanente, "cria mais intensidade". Coura será, portanto, uma cobaia. "Nisto, o tempo, às vezes é o melhor conselheiro. (...) Sempre podemos começar tudo de novo", graceja Luís.
Apresentam-se no Vodafone Paredes de Coura em "excelente companhia", como escreveram no Facebook. Em resposta ao desafio do P3, escolhem, na voz de Luís Fernandes, "cinco concertos interessantes" da edição deste ano que vão ao encontro dos gostos e influências sonoras da banda no seu todo:
Steve Gunn
É um nome que não é muito conhecido do grande público, mas é um guitarrista e vocalista que faz discos fabulosos, faz música muito bem feita. Está a crescer e a tocar em palcos maiores. Curiosamente tocará no nosso palco, julgo que a seguir a nós.
Gala Drop
Sugerimos também os portugueses Gala Drop. Gostamos bastante da música que eles fazem e dos concertos que eles dão. Tivemos a oportunidade de tocar com eles em Vila Real e foi óptimo.
Slowdive
Foram uma das bandas que me levou a comprar uma guitarra eléctrica e a fazer barulho. Mais do que tocar e fazer música, a fazer barulho, a tocar o som de maneira diferente. E, na verdade, temos pontos em comum com os Slowdive: a nossa música não é instrumental, mas a voz funciona mais como um instrumento.
Iceage
Os dinamarqueses Iceage deixam-me muito curioso pelos concertos que dão. Parece que são bombásticos ao vivo. Estamos curiosos para ver como funciona.
Tame Impala
Uma escolha óbvia, mas incontornável: Tame Impala. Uma banda que aprendemos a gostar e que se reinventam a cada disco. Fazem música boa e muito diferente de álbum para álbum, o que é muito difícil de conseguir. Não caem no facilitsmo. Do ultimo álbum ouvi os três singles e gostei muito. Parece-me que é um disco completamente diferente e eu gosto de quando as bandas nos trocam as voltas.