Nove anestesistas a tempo parcial reforçam Centro Hospitalar de Vila Real

A falta destes profissionais poderia levar a uma situação de colapso nesta unidade de saúde.

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Alguns hospitais privados preparam-se para recusar fazer algumas cirurgias Enric Vives-Rubio

Fernando Pereira, vogal do conselho de administração do CHTMAD, com sede em Vila Real, disse esta sexta-feira aos jornalistas que o serviço de anestesia foi reforçado com oito médicos que começaram a trabalhar em Julho e, em agosto, vai contar com mais um profissional. Estes especialistas vão trabalhar em regime de prestação de serviços, a tempo parcial, pelo que o volume de horas não é igual ao que era prestado pelos oito anestesistas que saíram nos últimos meses desta unidade que abrange ainda os hospitais de Lamego e Chaves.

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Fernando Pereira, vogal do conselho de administração do CHTMAD, com sede em Vila Real, disse esta sexta-feira aos jornalistas que o serviço de anestesia foi reforçado com oito médicos que começaram a trabalhar em Julho e, em agosto, vai contar com mais um profissional. Estes especialistas vão trabalhar em regime de prestação de serviços, a tempo parcial, pelo que o volume de horas não é igual ao que era prestado pelos oito anestesistas que saíram nos últimos meses desta unidade que abrange ainda os hospitais de Lamego e Chaves.

"Foram autorizados nove contratos que ajudam a resolver parte das dificuldades, sobretudo neste período de férias em que, por norma, também já os serviços estavam a trabalhar com menos capacidade", salientou o responsável. A falta de médicos anestesistas nesta unidade de saúde levou a uma tomada de posição da Ordem dos Médicos do Norte e dos sindicatos do sector, que alertaram para uma "situação de colapso" e para a redução em "cerca de 40% dos tempos operatórios".

O vogal refutou este número e disse que, no primeiro semestre do ano, se registou uma diminuição em cerca "de 11% em termos do número de doentes operados no CHTMAD". Os problemas do CHTMAD levaram também a uma tomada de posição da câmara de Vila Real, que anunciou a realização de uma vigília, ainda sem data marcada, e um pedido de audiência com o ministro da Saúde.

O presidente da autarquia, Rui Santos, referiu ainda que o centro possui um "défice de 11 milhões de euros". Fernando Pereira disse que o centro hospitalar foi penalizado com as alterações no modelo de financiamento dos hospitais, o que criou uma "situação de algum desequilíbrio económico inesperado".

Para minorar este problema, o responsável anunciou que o contrato programa, que vai ser assinado em breve, contemplará um "reforço de financiamento decorrente do aumento dos preços a que é paga a produção". "Isto é, todos os hospitais assinam um contrato programa em que são financiados através do número de doentes que são tratados. O preço é igual para todos os hospitais. O que aconteceu pela primeira vez este ano é que este centro hospitalar teve uma majoração nesse preço", explicou.

O CHTMAD espera um reforço "na ordem dos quatro a cinco milhões de euros" que servirão, por exemplo, para compensar os custos adicionais com a contratação dos anestesistas ou os gastos com o transporte entre as diferentes unidades hospitalares do centro.

Em relação ao serviço de infecto-contagiosas, que está inactivo desde Dezembro de 2013, altura em que o mau tempo levantou a tela de isolamento da cobertura do 7.º piso da unidade de Vila Real, Fernando Pereira disse que as obras de reparação já arrancaram e deverão prolongar-se por dois meses. O responsável explicou que há um desacordo entre o empreiteiro e o autor do projecto, que não assumem responsabilidade pela reparação, pelo que o processo está a seguir a via judicial. Entretanto, o CHTMAD decidiu avançar com a obra, mas com a garantia de que os custos, na ordem dos 60 mil euros, serão depois imputados a quem for considerado responsável pela reparação.