BE defende que é necessária uma reforma consular para prestar mais apoio aos emigrantes

Partido apresentou os cabeças de lista dos círculos fora de Portugal e um manifesto para a emigração, com medidas de apoio aos portugueses espalhados pelo mundo.

Foto
Daniel Rocha

Catarina Martins afirmou que, depois de ouvir "exigências dos emigrantes um pouco por todo o mundo", o BE considera necessária a "abertura de novos postos consulares e o reforço das estruturas que existem para os apoiar, porque este Governo ao mesmo tempo que convidava as pessoas a emigrar, cortou também na rede consular e portanto os emigrantes ficaram com muito pouco apoio, mais desprotegidos".

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Catarina Martins afirmou que, depois de ouvir "exigências dos emigrantes um pouco por todo o mundo", o BE considera necessária a "abertura de novos postos consulares e o reforço das estruturas que existem para os apoiar, porque este Governo ao mesmo tempo que convidava as pessoas a emigrar, cortou também na rede consular e portanto os emigrantes ficaram com muito pouco apoio, mais desprotegidos".

O Bloco apresentou hoje também os cabeças de lista pelos círculos da emigração, nomeadamente Cristina Semblano, economista e emigrada em França, pelo círculo da Europa, e Ana Bárbara Pedrosa, doutorada em ciências humanas e residente no Brasil, pelo círculo eleitoral Fora da Europa.

No manifesto do BE para a emigração constam ainda medidas como "o acompanhamento dos lesados do BES", o apoio ao sector associativo, e a "reposição das emissões da RDP internacional em onda curta nos sítios onde os emigrantes estão mais isolados".

Quanto à transportadora aérea nacional, a deputada Catarina Martins reafirmou que "é fundamental que a TAP permaneça pública porque só a TAP pública pode manter a ligação com os emigrantes". Também a "reposição dos horários e dos professores de português e o fim das propinas que discriminam os emigrantes no acesso à aprendizagem da sua língua" foi defendida pela dirigente, que acrescentou que é uma "exigência básica que os emigrantes tenham acesso a aulas de língua portuguesa, nomeadamente para os seus filhos".

As transferências de remessas dos emigrantes são uma preocupação do BE, que na opinião de Catarina Martins "devem ser acauteladas e não o têm sido". A deputada bloquista referiu que "muitos portugueses querem voltar a Portugal e para isso é preciso aqui uma política que crie emprego, que tenha salários dignos, porque um país sem gente é um país que não tem futuro".