Governo lança portal na Internet para consultas públicas ambientais
Existem 20 processos em curso neste momento.
A Agência Portuguesa do Ambiente já mantinha, há vários anos, um site onde se podiam consultar as avaliações de impacto ambiental, obrigatórias para um conjunto de projectos. Mas a nova plataforma abrange outros tipos de consulta pública – legalmente obrigatórias ou voluntárias – e abre a possibilidade da participação dos cidadãos online, directamente através do portal.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Agência Portuguesa do Ambiente já mantinha, há vários anos, um site onde se podiam consultar as avaliações de impacto ambiental, obrigatórias para um conjunto de projectos. Mas a nova plataforma abrange outros tipos de consulta pública – legalmente obrigatórias ou voluntárias – e abre a possibilidade da participação dos cidadãos online, directamente através do portal.
Para já, contém 20 processos cuja consulta pública está actualmente em curso. Quatro são relativos a avaliações de impacto ambiental, como a de uma fábrica de óleos e biocombustíveis em Torres Novas ou a de uma suinicultura em Salvaterra de Magos. Também em consulta está o Plano Nacional da Água e oito planos de gestão de bacias hidrográficas. Existem ainda quatro processos de licenciamento ambiental e três pedidos de pesquisa e exploração de recursos geológicos.
Através do registo no portal, os cidadãos têm acesso a uma área pessoal, a partir da qual podem acompanhar e participar nos processos, submeter observações e partilhar as suas consultas em redes sociais.
O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, salientou que o objectivo da plataforma é promover a consulta pública de forma simples. “Pergunto-me porque é que isto não começou mais cedo”, disse. Moreira da Silva acredita que o acesso à nova plataforma pelos cidadãos acabe por se tornar uma rotina.
Paula Antunes, investigadora da Universidade Nova de Lisboa especializada em consultas públicas, reforça que envolver os cidadãos legitima e melhora a qualidade das decisões públicas. “Mas isto implica um maior esforço por parte da administração”, afirmou, na apresentação da plataforma, salientando a importância de operacionalizar o contributo dos cidadãos de forma eficiente e manter o repositório de processos em consulta pública actualizado.