Luís Duque e Pedro Proença nas mãos dos “pequenos”
Realizam-se hoje à tarde as eleições para a presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Divisão entre as formações do principal escalão faz aumentar a imprevisibilidade do sufrágio.
Em Outubro de 2014, concluindo um período conturbado de quatro meses, o Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol anulou a reeleição de Mário Figueiredo para um segundo mandato, por considerar que as candidaturas de Fernando Seara e Rui Alves tinham sido excluídas indevidamente, e o nome de Luís Duque reuniu consenso (46 votos a favor, cinco brancos e dois nulos) — o Sporting foi dos poucos clubes que se opôs à sua eleição. Nove meses depois, o antigo director desportivo e vice-presidente da SAD dos “leões” volta a avançar para a liderança do organismo que gere as provas profissionais, mas desta vez tem forte oposição.
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Em Outubro de 2014, concluindo um período conturbado de quatro meses, o Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol anulou a reeleição de Mário Figueiredo para um segundo mandato, por considerar que as candidaturas de Fernando Seara e Rui Alves tinham sido excluídas indevidamente, e o nome de Luís Duque reuniu consenso (46 votos a favor, cinco brancos e dois nulos) — o Sporting foi dos poucos clubes que se opôs à sua eleição. Nove meses depois, o antigo director desportivo e vice-presidente da SAD dos “leões” volta a avançar para a liderança do organismo que gere as provas profissionais, mas desta vez tem forte oposição.
Aberto novo processo eleitoral, Pedro Proença apresentou a sua candidatura e o ex-árbitro não perdeu tempo quando se tratou de piscar os olhos aos clubes da segunda divisão, que terão um papel decisivo no sufrágio: “O primeiro grande objectivo é garantir aos clubes da II Liga o rendimento mínimo de 500 mil euros que lhes permita fazer os orçamentos das épocas com alguma facilidade. Na II Liga, há matérias para rentabilizar, custos para reduzir.”
Embora seja um opositor assumido do sorteio dos árbitros, Proença avança para a liderança da LPFP com o forte apoio de FC Porto e Sporting, mas o membro do Comité de Arbitragem da UEFA procurou passar uma mensagem de união. “Terei capacidade de envolver os clubes todos num só projecto. Falei com todos que quiseram ouvir as minhas ideias e o meu plano de negócio para a Liga de clubes.”
Um dos clubes que não terão mostrado interesse em ouvir Proença foi o Benfica. Assumidamente ao lado de Duque, para além dos “encarnados”, está o Sp. Braga e António Salvador, presidente dos bracarenses, mostrou-se ontem surpreendido pelo surgimento de uma candidatura alternativa: “Só o Pedro Proença e quem o apoia poderá explicar este avanço. O que digo é que não faz sentido nenhum o Sp. Braga alterar a sua posição. Ainda na última assembleia geral foi dado um voto de confiança a Luís Duque, com um pedido para ele se recandidatar, em que todos os clubes votaram a favor.”
Com os clubes da I Liga, que terão direito a dois votos, aparentemente divididos no apoio aos dois candidatos, as formações da II Liga, mesmo tendo direito a apenas um voto, vão ter uma importância fulcral na decisão, visto ser desconhecida a preferência da grande maioria dos emblemas do segundo escalão.
A assembleia geral eleitoral tem início marcado para as 14h30, no Porto, e final previsto para as 17h30. Cerca de uma hora depois, deverá ficar a saber-se o nome do vencedor.