Passos Coelho e Paulo Portas disputam Lisboa com António Costa
Vice-reitora da Universidade de Coimbra, Margarida Mano, nas lista da coligação Portugal à Frente. Sete mulheres são cabeça de lista. Três são independentes.
As listas foram feitas com base nos resultados eleitorais das legislativas de 2011, distrito a distrito, na distribuição de lugares entre sociais-democratas e centristas. A única excepção é Lisboa, em que surgem os dois líderes, num critério que foi o usado quando o PSD e o CDS concorreram coligados em 1980.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
As listas foram feitas com base nos resultados eleitorais das legislativas de 2011, distrito a distrito, na distribuição de lugares entre sociais-democratas e centristas. A única excepção é Lisboa, em que surgem os dois líderes, num critério que foi o usado quando o PSD e o CDS concorreram coligados em 1980.
A questão não é um problema para os centristas uma vez que a lógica de campanha será a utilizada nas eleições europeias: em cada distrito, nas sessões de campanha, os candidatos de CDS discursam como cabeças-de-lista do CDS.
O secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, salientou em declarações à Lusa que, "nos termos do acordo de coligação" com o CDS-PP, "cabia ao PSD indicar os cabeças de lista" e que, no último Conselho Nacional do PSD, ficou expresso que essa escolha seria "da responsabilidade do presidente do partido". Matos Rosa frisou que a representação das mulheres subiu "9% para 32%".
Numas listas em que cerca de 70 % dos cabeça-de-lista são novos, voltam a candidatar-se em número um Maria Luís Albuquerque em Setúbal, Teresa Morais em Leiria, Cristóvão Crespo em Portalegre, José Pedro Aguiar-Branco no Porto, Carlos Abreu Amorim em Viana do Castelo, Carlos Gonçalves no círculo da Europa e José Cesário no círculo de Fora da Europa.
"O cabeça de lista mais velho tem 63 anos e o cabeça de lista mais novo tem 35 anos. A média de idades baixou muito", referiu José Matos Rosa, que sublinhou ainda que há "19 cabeças de listas que já foram deputados" e que "os cabeças de lista que tiveram já experiência governativa são 50%".
No Porto, o cabeça de lista é o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco. O segundo é o vice-presidente do PSD, Marco António Costa. e o primeiro nome do CDS neste círculo é Luís Pedro Mota Soares, ministro da Segurança Social, que ocupa o quarto lugar na lista.
Em Aveiro, o cabeça de lista é o líder parlamentar Luís Montenegro. Neste círculo, o primeiro nome do CDS é João Almeida, que surge em quarto lugar. O secretário de Estado da Administração Interna herda simbolicamente a representação que durante anos foi de Paulo Portas, que se candidatou, desde 1999, sempre como o número um do CDS em Aveiro.
Quanto a independentes, em Coimbra surge Margarida Mano, vice reitora da Universidade de Coimbra. É doutorada em Gestão pela Universidade de Southampton e Professora Auxiliar da Faculdade de Economia, especialista em Gestão Estratégica, Qualidade na Administração Pública e Modelos de Governação na Educação.
Outro independente é José Carlos Barros, que lidera a lista em Faro. José Carlos Barros é especialista em questões de ambiente.
Em Viana do Castelo, o cabeça de lista é o deputado Carlos Abreu Amorim, que volta a candidatar-se como independente. Em Santarém, à frente da lista surge a deputada Teresa Leal Coelho, vice-presidente do PSD.
Em Braga, o número um é o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva.
Em Leiria, a cabeça de lista é a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais. O primeiro nome do CDS é Assunção Cristas, a ministra da Agricultura surge em 4º lugar.
Em Setúbal, a primeira é a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. Em Vila Real, o primeiro nome é deputado Luís Ramos. Em Bragança, o primeiro é o deputado e vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, Adão Silva.
Em Viseu, o cabeça de lista é António Leitão Amaro, secretário de Estado da Administração Local. Em Castelo Branco, regressa Manuel Frexes, antigo deputado, subsecretário de Estado da Cultura com Cavaco Silva e antigo presidente da Câmara do Fundão. Na Guarda, o número um é o deputado Carlos Peixoto.
Em Beja, a número um é a deputada e ex-dirigente nacional do PSD Nilza Sena. Em Évora, o cabeça de lista é o gestor e consultor de empresas António Costa da Silva. Em Portalegre, surge o deputado Cristóvão Crespo.
Nos Açores a número um é Berta Cabral, sendo Félix Rodrigues o primeiro nome do CDS. Na Madeira, a cabeça de lista é Sara Madruga da Costa e José Manuel Rodrigues o primeiro do CDS-PP.
Pelo círculo da Europa surge o deputado Carlos Gonçalves e pelo de Fora da Europa o cabeça de lista volta a ser José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
Do CDS deixam as listas eleitorais pelo menos três actuais membros do Governo: Pires de Lima, Paulo Núncio e Casanova Almeida.