Televisões propõem três debates Passos vs. Costa e outro com todos
Canais vão ainda organizar frente-a-frente entre todos os candidatos com assento parlamentar, mas há divergências sobre se a coligação PSD/CDS pode ter dois representantes. Negociações com partidos prosseguem terça-feira.
As negociações entre as televisões e os partidos começaram esta semana, mas apenas com os que têm assento parlamentar – à reunião compareceram PSD, PS, CDS, BE e CDU (a coligação PCP/Verdes), já que a lei aprovada na Assembleia da República e agora promulgada pelo Presidente só obriga à realização de debates com as candidaturas que já estejam representadas no Parlamento. Além de a lei ser agora mais clara sobre o tipo de intervenção a que as televisões estão obrigadas, estas entenderam ir mais além do mínimo exigido.
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As negociações entre as televisões e os partidos começaram esta semana, mas apenas com os que têm assento parlamentar – à reunião compareceram PSD, PS, CDS, BE e CDU (a coligação PCP/Verdes), já que a lei aprovada na Assembleia da República e agora promulgada pelo Presidente só obriga à realização de debates com as candidaturas que já estejam representadas no Parlamento. Além de a lei ser agora mais clara sobre o tipo de intervenção a que as televisões estão obrigadas, estas entenderam ir mais além do mínimo exigido.
O modelo dos debates para os chamados pequenos partidos fica ao critério de cada canal. O que poderá significar que sejam relegados para os canais de informação que RTP, SIC e TVI têm nas plataformas de televisão paga, ou que sejam feitos com todos os pequenos partidos em simultâneo – são 17 reconhecidos pelo Tribunal Constitucional.
A proposta tripla que as televisões fizeram é cumulativa e foi desenhada tendo em conta a importância das eleições, os resultados das sondagens conhecidas até ao momento e a relevância dos partidos, argumenta fonte ligada à negociação.
No caso dos três debates nos canais abertos, a ordem de transmissão será sorteada, terão cerca de uma hora, e a ideia é as televisões dividirem os grandes temas entre si. Assim poderiam ser abordados com mais profundidade e os debates não se ficariam pela rama das questões políticas gerais. O PS e a coligação levantaram problemas de agenda por serem tantos debates.
O grande debate com todas as candidaturas com expressão parlamentar seria organizado e produzido em conjunto pelos três canais, ocorreria num espaço neutro como uma universidade ou museu, por exemplo, e seria transmitido em simultâneo pela RTP, SIC e TVI, assim com por todos os canais de televisão, rádios e sites que quisessem aproveitar o sinal da emissão.
Além disso, foi proposta a realização de debates frente-a-frente entre todas as candidaturas cujos partidos já estão no Parlamento.
As divergências surgem no momento em que é preciso definir quem participa no debate grande e nestes frente-a-frente. Porque a lei refere-se a candidaturas e não a partidos. PSD e CDS, que integram a coligação Portugal à Frente querem ambos participar. Se isso acontecer, PCP e PEV, que compõem a CDU também deverão exigir uma dupla presença.
A intenção das televisões é fazer a maioria dos debates até ao início da campanha, a 21 de Setembro. Agora, há que tentar acertar calendários e participantes entre TV e partidos, até porque as rádios também fizeram uma proposta comum já há algum tempo.