A prioridade do novo monolugar da Haas F1 Team é competir
Foi apresentado nesta sexta-feira, em Vila do Conde, o carro da escuderia norte-americana que vai competir na Fórmula 1 em 2016.
O mote para a apresentação do novo monolugar da Haas F1 Team em Portugal foi a abertura de uma unidade da empresa de metalomecânica na zona industrial de Aveleda, mas a projecção da marca é dirigida aos quatro cantos do mundo. Gene Haas, empresário de sucesso, já tem experiência na criação de uma equipa que compete no Nascar e decidiu alargar os horizontes.
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O mote para a apresentação do novo monolugar da Haas F1 Team em Portugal foi a abertura de uma unidade da empresa de metalomecânica na zona industrial de Aveleda, mas a projecção da marca é dirigida aos quatro cantos do mundo. Gene Haas, empresário de sucesso, já tem experiência na criação de uma equipa que compete no Nascar e decidiu alargar os horizontes.
“Temos uma equipa de Nascar há cerca de 10 anos e temos tido sucesso. Ganhámos dois campeonatos. Compreendemos as corridas e abordamos as corridas de um ponto de vista diferente. O nosso objectivo é competir. Muitas equipas preocupam-se em como construir os carros. O nosso primeiro objectivo é competir", sublinha o empreendedor que nasceu no Ohio, em 1952. "Não vamos dizer que podemos competir com a Mercedes e a Ferrari, mas vamos estar preparados". Já lá vão quase 30 anos desde que a última equipa norte-americana participou num Mundial de Fórmula 1 (em 2010 fracassou o projecto da US F1 Team), mas Haas não sente pressão acrescida por voltar a colocar o país no mapa da elite automobilística. “Representamos os Estados Unidos e temos de ser capazes de competir e ser bem sucedidos com os nossos concorrentes europeus. Acho que arrisco o meu nome, num certo sentido, e tenho a certeza de que vamos ser bem sucedidos. Não o faria se pensasse o contrário. Temos obviamente que ultrapassar o lapso de tempo através de uma abordagem diferente”, reforça. Com o experiente Gunther Steiner como chefe de equipa, a Haas F1 Team tem preparado cautelosamente a sua entrada em cena. "Em 2008 houve quatro licenças emitidas, a nossa foi emitida em 2014. Demorámos mais um ano e temos feito muito planeamento. Vamos ser muito diferentes dos predecessores. Construímos instalações na Carolina do Norte e temos uma parceria com a Ferrari para nos fornecer os motores. Levámos mais tempo mas vamos ser mais competitivos quando entrarmos em pista”, garante Haas. Sem o elenco de pilotos definido - "Temos de saber atrair os pilotos com as condições certas" -, o mentor do projecto sublinha que tem apostado, até agora, fortemente no "desenvolvimento aerodinâmico". "Temos dedicado muito tempo a isso. Vamos depois desenvolver o chassis. Temos muito trabalho feito”.
Quando confrontado com a crise de identidade que atravessa actualmente a Fórmula 1, com a desistência de várias equipas, um maior desinteresse do público mais jovem e alguns circuitos emblemáticos a saírem do calendário, Gene Haas desdramatiza. “Não há um timing perfeito para se entrar. Conheço a Fórmula 1 há 30 anos e as dificuldades que se enfrentam para lá entrar. Olho para as coisas de forma diferente. Hoje há mais interesse, há mais candidatos a corridas do que vagas disponíveis. A Fórmula 1 é entusiasmante e tem de ser encarada de um ponto de vista internacional”.