Federação muda tudo no comando das selecções
A poucos meses de terminar o mandato, Carlos Amado da Silva quer contratar técnicos estrangeiros para o XV e para os sevens
A Federação Portuguesa de Rugby (FPR) vai proceder a mudanças nos comandos das selecções nacionais de XV e de sevens e deverá apostar em técnicos estrangeiros para liderar as duas formações. Após um ano desportivamente muito negativo nas duas variantes, o organismo liderado por Carlos Amado da Silva tem tudo acertado com o francês Olivier Baragnon para ser o homem forte do XV, enquanto nos sevens o objectivo é contratar um neozelandês.
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A Federação Portuguesa de Rugby (FPR) vai proceder a mudanças nos comandos das selecções nacionais de XV e de sevens e deverá apostar em técnicos estrangeiros para liderar as duas formações. Após um ano desportivamente muito negativo nas duas variantes, o organismo liderado por Carlos Amado da Silva tem tudo acertado com o francês Olivier Baragnon para ser o homem forte do XV, enquanto nos sevens o objectivo é contratar um neozelandês.
Numa altura em que a selecção de XV ocupa o pior lugar de sempre no ranking da World Rugby (29.º lugar), atrás de selecções como o Quénia, o Zimbabwe, a Bélgica, a Coreia do Sul ou Hong Kong, a FPR não irá renovar com João Luís Pinto, que há um ano assumiu o papel de treinador principal de campo, numa estrutura na qual Tomaz Morais desempenhava a função de responsável por todas as selecções. E, apesar de estar em final de mandato — as eleições deverão acontecer na segunda quinzena de Outubro —, segundo o P3 Râguebi apurou, Amado da Silva já tem um acordo com Olivier Baragnon.
Do currículo do técnico francês consta uma passagem fugaz pelo Colomiers, equipa do segundo escalão do râguebi em França, onde desempenhou as funções de treinador das linhas-atrasadas. Porém, Baragnon, de 45 anos, abandonou a formação dos arredores de Toulouse em Abril de 2013, não tendo ocupado nenhum cargo de relevo desde então. Apesar de assumir o comando da principal selecção portuguesa, o técnico deverá continuar a viver em França fora dos períodos de competição.
Em clara curva descendente a nível de resultados desde que, em 2007, marcou presença no Campeonato do Mundo, Portugal tem vindo a perder peso a nível europeu, facto ao qual não é alheio o enorme tombo no ranking, e, como consequência disso, voltou a ficar de fora de torneios como a Nations Cup ou a Tbilissi Cup, provas que os rivais da selecção nacional — Geórgia, Rússia, Espanha ou Roménia — têm aproveitado para ganhar ritmo competitivo. No último ano, excluindo a presença no Torneio Europeu das Nações, no qual somou uma vitória em cinco jogos, Portugal fez apenas mais duas partidas oficiais: contra a Namíbia e no Quénia, no final de Maio, onde sofreu uma das mais humilhantes derrotas da história do râguebi nacional: 41-15.
As mudanças, no entanto, não se vão restringir ao XV. Numa decisão que já tinha sido tomada antes do fracasso no torneio europeu de repescagem para os Jogos Olímpicos, disputado no passado fim-de-semana, e que ditou o afastamento de Portugal do Rio 2016, nos sevens a FPR vai prescindir de Pedro Netto, que liderou, juntamente com Tomaz Morais, a equipa no último ano. Para comandar a formação portuguesa, que continua a ser uma das 15 residentes no Circuito Mundial, Amado da Silva quer um técnico neozelandês, embora ainda não tenha encontrado um treinador disponível.