Começou Super Bock Super Rock com o público a ambientar-se ao espaço

Para além Sting, esta quinta, as atenções estão viradas para Noel Gallagher. Sexta será possível assistir a concertos de Blur, Benjamin Clementine, Jorge Palma & Sérgio Godinho ou Savages.

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Rosália Alves, de 36 anos, ainda não sabia o que pensar. Por um lado o recinto – uma área de 75 mil metros quadrados, que contempla quadro palcos, dois interiores e dois exteriores, entre o Meo Arena e o Pavilhão de Portugal – evocava-lhe os “bons tempos da Expo’98, quando ia à Praça Sony ver concertos, como o de Lou Reed”, reflecte ela. 

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Rosália Alves, de 36 anos, ainda não sabia o que pensar. Por um lado o recinto – uma área de 75 mil metros quadrados, que contempla quadro palcos, dois interiores e dois exteriores, entre o Meo Arena e o Pavilhão de Portugal – evocava-lhe os “bons tempos da Expo’98, quando ia à Praça Sony ver concertos, como o de Lou Reed”, reflecte ela. 

Por outro lado sentia-se dividida porque, pelo menos àquela hora, ainda não sentia “verdadeiro ambiente de festival” e ainda “estranhava o lugar.” Qualquer coisa de semelhante transmitia Carla Antunes, 29 anos, que lamentava que a organização não tivesse pensado num outro espaço, perto de Lisboa, com semelhanças ao Meco, onde o evento decorreu nos últimos cinco anos. 

“Aquilo tinha imensos problemas, ao nível do trânsito, por exemplo, mas esta opção também é estranha. Estou aqui apenas porque quero ver The Vaccines, Savages, Benjamin Clementine e Franz Ferdinand.”

Mais radical era Mário Fernandes, 33 anos, que argumentava que o espaço era urbano mas o design do mesmo era igual a qualquer outro festival campestre. “Trouxeram os móveis do Meco e as roulotes e puseram-nas aqui”, brincava ele, “nesse sentido esperava algo mais, mas o cartaz tem coisas boas e é isso que mais me interessa.”

O sentimento predominante era esse, de estranheza, mas não existiam propriamente críticas. Mais tarde se verá se a nova localização do evento foi uma aposta ganha.

A organização, a cargo da Música no Coração, espera que diariamente possam estar no espaço cerca de 20 mil pessoas. Ao final da tarde imperava ainda um público adolescente, mas durante a noite esperava-se uma mistura de audiências, tendo em atenção que Sting era o maior chamariz. 

Nas primeiras horas o concerto mais significativo foi o do americano Perfume Genius, impondo a pop impetuosa e tortuosa do seu último álbum, no palco que fica debaixo da pala do Pavilhão de Portugal. Logo ao primeiro tema existiram problemas técnicos, aproveitando o cantor para descer até ao público, para satisfação deste, enquanto a situação não foi solucionada. 

Para além Sting, esta quinta, as atenções estão viradas para Noel Gallagher. Sexta será possível assistir a concertos de Blur, Benjamin Clementine, Jorge Palma & Sérgio Godinho ou Savages.