Portugal à deriva em Exeter

Com três exibições para esquecer no primeiro dia da última etapa do Circuito Europeu, a selecção nacional falha um lugar nos oito primeiros

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AFP

Pior era difícil. A selecção nacional de sevens falhou neste sábado o apuramento para a Cup, na última etapa do Circuito Europeu, e agora o melhor que pode alcançar em Exeter é o 9.º lugar. Com três exibições descrentes, sem ideias e sempre dependentes de iniciativas individuais, Portugal foi claramente batido pela Alemanha e pela França, conseguindo apenas derrotar, com alguma dificuldade, a frágil selecção da Roménia, a pior equipa da prova.

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Pior era difícil. A selecção nacional de sevens falhou neste sábado o apuramento para a Cup, na última etapa do Circuito Europeu, e agora o melhor que pode alcançar em Exeter é o 9.º lugar. Com três exibições descrentes, sem ideias e sempre dependentes de iniciativas individuais, Portugal foi claramente batido pela Alemanha e pela França, conseguindo apenas derrotar, com alguma dificuldade, a frágil selecção da Roménia, a pior equipa da prova.

 

A uma semana de disputar em Lisboa a repescagem para os Jogos Olímpicos, os sinais mais uma vez deixados pela formação portuguesa não podiam ser mais preocupantes. Portugal viajou até Exeter sem alguns jogadores que habitualmente fazem a diferença, mas essas ausências não justificam as paupérrimas prestações no primeiro dia da última etapa do Circuito Europeu.

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Aparentemente sem qualquer tipo de motivação e rumo, Portugal entrou em campo no primeiro jogo com um “sete” surpreendente. Para defrontar a Alemanha, que está à frente da selecção portuguesa no ranking da prova, a equipa técnica nacional lançou Vasco Poppe, Vasco Ribeiro e Francisco Sousa como titulares e o resultado foi negativo.

 

Com uma equipa pouco experiente e sem rotinas de jogo, Portugal rapidamente começou a somar erros que a Alemanha aproveitou para marcar dois ensaios (0-14). Antes do intervalo, o estreante Vasco Ribeiro ainda reduziu (5-14), mas o ensaio do jovem jogador de Agronomia foi o único momento positivo da selecção portuguesa no jogo.

 

Na segunda parte, perante a falta de agressividade e incapacidade colectiva de Portugal, os alemães foram controlando o jogo sem dificuldades e ainda somaram mais dois ensaios, que colocaram o marcador final num surpreendente 28-5 favorável aos germânicos.

 

Seguiu-se um duelo com a França, a mais do que provável campeã europeia (e apurada para os Jogos Olímpicos) e a equipa inicial de Portugal voltou a trazer surpresas. Com mais mudanças - Pedro Leal e Gonçalo Foro foram relegados para suplentes -, a selecção portuguesa voltou a mostrar-se à deriva e os gauleses aproveitaram para construir uma vitória tranquila.

 

Com apenas 38 segundos, a França já vencia (7-0) e antes do intervalo marcou mais dois ensaios (21-0). Em cima da sirene dos sete minutos, Adérito Esteves ainda reduziu (21-5), mas Portugal já estava fora de jogo: com mais três ensaios na segunda parte, os franceses colocaram o marcador final em 38-5.

 

Com as duas derrotas por margens dilatadas, a Portugal restava vencer na derradeira partida do dia a medíocre Roménia, para evitar ser o pior terceiro lugar e, dessa forma, conseguir o apuramento para a Cup. Porém, contra uma selecção que em 12 partidas ainda não conseguiu qualquer vitória no Circuito Europeu, a equipa portuguesa teve que sofrer para ganhar.

 

Os romenos foram os primeiros a marcar, mas com duas jogadas individuais de João Bello e Francisco Sousa – o colectivo raramente funcionou -, Portugal deu a volta ao resultado (10-7). No entanto, na “bola de jogo” da primeira parte, a Roménia fez o segundo ensaio e a selecção nacional conseguia a proeza de chegar ao intervalo a perder com os romenos (10-14).

 

Na segunda parte, com a entrada de Pedro Leal e Gonçalo Foro, o filme do jogo alterou-se e as debilidades da Roménia foram aproveitadas. Com ensaios de Adérito Esteves, Pedro Leal e Gonçalo Foro, Portugal colocou-se a ganhar por 27-14, mas na última jogada da partida, os romenos conseguiram o terceiro ensaio, fixando a sofrida vitória nacional nuns curtos 27-21, que condenam os portugueses a disputar os quatro últimos lugares no último dia.