Dificuldades nos telemóveis levam Microsoft a despedir mais 7800 pessoas

Satya Nadella está a mudar a estratégia num mercado onde a empresa não consegue ganhar quota.

Foto
O negócio de telemóveis da Microsoft foi comprado à Nokia REUTERS/Dado Ruvic

A redução significa um corte de 6% na força de trabalho e vem juntar-se a um outro processo de despedimento de 18 mil pessoas, que foi anunciado no ano passado e que está em curso. Este processo também incide sobretudo sobre trabalhadores que vieram da Nokia.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A redução significa um corte de 6% na força de trabalho e vem juntar-se a um outro processo de despedimento de 18 mil pessoas, que foi anunciado no ano passado e que está em curso. Este processo também incide sobretudo sobre trabalhadores que vieram da Nokia.

O anúncio foi feito num email enviado aos funcionários, e publicado pela Microsoft, escrito pelo presidente executivo, Satya Nadella. O email adianta que a unidade de negócio responsável pelos telemóveis será reestruturada e que haverá mudanças estratégicas. “Estamos a passar de uma estratégia de fazer crescer um negócio autónomo de telemóveis para uma estratégia de fazer crescer um ecossistema vibrante para o Windows”. 

Actualmente, são sobretudo os telemóveis de marca Microsoft (alguns modelos ainda têm a marca Nokia) a usar o sistema Windows Phone, que tem uma quota inferior a 3% do mercado. Os restantes fabricantes preferem a plataforma Android, que tem tido maior capacidade para aliciar consumidores. Fabricar os próprios aparelhos é, porém, uma estratégia diferente da que a Microsoft usou durante a maior parte da sua história, em que se dedicou a criar software que pudesse ser usado nos equipamentos de outras empresas.

No mês passado, Nadella já tinha anunciado mudanças nas chefias de topo, entre as quais a saída de Stephen Elop, que era o responsável pela unidade de telemóveis e que era o presidente executivo da Nokia quando a Microsoft comprou este negócio à multinacional finlandesa.