As próximas datas chave na crise grega
O calendário político parece correr a um ritmo bastante mais lento do que o das exigências financeiras que a Grécia enfrenta.
7 de Julho
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7 de Julho
- Reunião do Eurogrupo, seguida imediatamente por uma nova cimeira dos líderes da zona euro. No primeiro encontro, o novo ministro das Finanças grego deverá apresentar aos seus colegas a nova proposta de Atenas para a obtenção de um empréstimo próximo de 30 mil milhões de euros até ao final de 2017. A seguir, será Alexis Tsipras a defender a solução grega junto dos seus homólogos dos outros 18 países da zona euro.
10 de Julho
- Data até à qual, de acordo com as informações prestadas por responsáveis do Governo de Alexis Tsipras, os bancos gregos têm fundos para, com o actual nível de financiamento do BCE, conseguir garantir aos seus clientes o levantamento de 60 euros por dia em caixas automáticas.
- O Estado grego terá de amortizar 2940 milhões de euros de dívida de curto prazo (Bilhetes de Tesouro). Até agora, Atenas tem sido capaz de, a taxas bastante altas, de financiar estes pagamento através da emissão de novos Bilhetes do Tesouro, que são na sua quase totalidade adquiridos por bancos gregos.
13 de julho
- Está agendado um novo pagamento da Grécia ao FMI no valor de 465 milhões de euros. Na passada terça-feira, Atenas já entrou em incumprimento com outra amortização que estava prevista em relação ao Fundo.
15 de Julho
Uma parte dos salários dos funcionários públicos gregos é paga a meio do mês, sendo o valor restante e as pensões regularizadas no final do mês. Existe o risco de o Estado grego não ter euros suficientes para o fazer, recorrendo a títulos de dívida que os funcionários e pensionistas podem tentar utilizar como meio de pagamento.
17 de Julho
- Novo pagamento de bilhetes de tesouro para realizar, desta vez no valor de 1000 milhões de euros.
20 de Julho
- Para muitos esta pode ser a data decisiva para o futuro da Grécia na zona euro. É suposto o Governo de Alexis Tsipras encontrar forma de pagar 3500 milhões de euros em obrigações do Tesouro que são detidas pelo Banco Central Europeu. Se não o conseguir fazer, a autoridade monetária fica com menos argumentos para continuar a financiar, mesmo que apenas parcialmente, as instituições financeiras gregas.