FC Porto e director-geral da SAD alvo de buscas em operação da PSP contra segurança privada
Apreendidos 70 mil euros a dirigente. Sócio-gerente de empresa de segurança e ex-polícia entre os 15 detidos por roubo e extorsão.
A Antero Henrique foram apreendidos mais de 70 mil euros, mas as buscas em sua casa, no Porto, tinham, porém, como principal objectivo recolher provas, nomeadamente documentais, sobre o principal alvo da operação, o sócio-gerente de uma empresa de segurança privada que conta com o FC Porto como um dos maiores clientes.
Eduardo Silva, sócio-gerente da Segurança Privada e Vigilância de Eventos (SPDE), uma das maiores empresas do sector, foi detido na madrugada desta quinta-feira. Em causa estão crimes de tráfico de droga, extorsão, ofensas à integridade física e associação criminosa num inquérito do Departamento Central de Investigação e Acção Penal e da Investigação Criminal da PSP de Lisboa. O PÚBLICO contactou sem sucesso o FC Porto e a SPDE. Várias residências e estabelecimentos foram alvo de buscas no Porto, Vila Real, Lamego, Matosinhos, Felgueiras e Santo Tirso. A maioria das casas é de vigilantes ligados à SPDE, empresa conhecida por assegurar a segurança de grandes eventos como a Queima das Fitas, no Queimódromo do Porto, e os jogos no Estádio do Dragão do FC Porto.
Em comunicado, a PGR confirmou que foram detidas 15 pessoas e realizadas 50 buscas. “A investigação está relacionada com actividades ilícitas no âmbito de empresa de segurança privada em estabelecimentos de diversão nocturna, susceptíveis de integrar a prática de crimes de associação criminosa, de exercício ilícito da actividade de segurança privada, de detenção de arma proibida, de extorsão agravada, de coacção, ofensas à integridade física qualificada e de favorecimento pessoal”, esclareceu ainda a PGR. Foram também apreendidos 10 automóveis, 121 mil euros, 40 armas, munições e documentação, segundo a PSP de Lisboa.
Os detidos são interrogados esta sexta-feira no Tribunal Central de Investigação Criminal. Os investigadores acreditam que a empresa de segurança funcionava como base formal para este grupo que a PSP descreve como “violento” e que “operava numa considerável faixa do território nacional”. O sócio-gerente da SPDE, de 42 anos, foi detido pela PSP pouco depois das 1h30 em casa, em Lavra, Matosinhos. agentes do Grupo de Operações Especiais da PSP arrombaram a porta da habitação para cumprir o mandado de busca e detenção.
Por essa altura, já o empresário se tinha apercebido da presença da polícia através de câmaras de vigilância colocadas no exterior da residência. Alarmado, telefonou a vários seguranças ligados à sua empresa e a Jorge Couto, ex-agente da PSP, expulso em 2011 da polícia depois de investigado por agressões.
Joca, como era conhecido entre os colegas, apareceu junto à habitação de Eduardo Silva envergando um colete anti-bala da polícia e foi de detido. Ao que o PÚBLICO apurou, existia também um mandado de detenção em seu nome. Desde que foi expulso da PSP, fazia segurança ilegal e era suspeito em vários casos de agressões e extorsão. O ex-agente ficou também conhecido devido ao grau de parentesco com Bruno Pinto Pidá, seu primo e alegado líder do gangue da Ribeira do Porto, que cumpre 24 anos de prisão pelo homicídio de um segurança cabo-verdiano em 2007. Nesse ano, o Porto ficou marcado por uma guerra entre grupos de seguranças da qual resultaram outras três mortes.
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A Antero Henrique foram apreendidos mais de 70 mil euros, mas as buscas em sua casa, no Porto, tinham, porém, como principal objectivo recolher provas, nomeadamente documentais, sobre o principal alvo da operação, o sócio-gerente de uma empresa de segurança privada que conta com o FC Porto como um dos maiores clientes.
Eduardo Silva, sócio-gerente da Segurança Privada e Vigilância de Eventos (SPDE), uma das maiores empresas do sector, foi detido na madrugada desta quinta-feira. Em causa estão crimes de tráfico de droga, extorsão, ofensas à integridade física e associação criminosa num inquérito do Departamento Central de Investigação e Acção Penal e da Investigação Criminal da PSP de Lisboa. O PÚBLICO contactou sem sucesso o FC Porto e a SPDE. Várias residências e estabelecimentos foram alvo de buscas no Porto, Vila Real, Lamego, Matosinhos, Felgueiras e Santo Tirso. A maioria das casas é de vigilantes ligados à SPDE, empresa conhecida por assegurar a segurança de grandes eventos como a Queima das Fitas, no Queimódromo do Porto, e os jogos no Estádio do Dragão do FC Porto.
Em comunicado, a PGR confirmou que foram detidas 15 pessoas e realizadas 50 buscas. “A investigação está relacionada com actividades ilícitas no âmbito de empresa de segurança privada em estabelecimentos de diversão nocturna, susceptíveis de integrar a prática de crimes de associação criminosa, de exercício ilícito da actividade de segurança privada, de detenção de arma proibida, de extorsão agravada, de coacção, ofensas à integridade física qualificada e de favorecimento pessoal”, esclareceu ainda a PGR. Foram também apreendidos 10 automóveis, 121 mil euros, 40 armas, munições e documentação, segundo a PSP de Lisboa.
Os detidos são interrogados esta sexta-feira no Tribunal Central de Investigação Criminal. Os investigadores acreditam que a empresa de segurança funcionava como base formal para este grupo que a PSP descreve como “violento” e que “operava numa considerável faixa do território nacional”. O sócio-gerente da SPDE, de 42 anos, foi detido pela PSP pouco depois das 1h30 em casa, em Lavra, Matosinhos. agentes do Grupo de Operações Especiais da PSP arrombaram a porta da habitação para cumprir o mandado de busca e detenção.
Por essa altura, já o empresário se tinha apercebido da presença da polícia através de câmaras de vigilância colocadas no exterior da residência. Alarmado, telefonou a vários seguranças ligados à sua empresa e a Jorge Couto, ex-agente da PSP, expulso em 2011 da polícia depois de investigado por agressões.
Joca, como era conhecido entre os colegas, apareceu junto à habitação de Eduardo Silva envergando um colete anti-bala da polícia e foi de detido. Ao que o PÚBLICO apurou, existia também um mandado de detenção em seu nome. Desde que foi expulso da PSP, fazia segurança ilegal e era suspeito em vários casos de agressões e extorsão. O ex-agente ficou também conhecido devido ao grau de parentesco com Bruno Pinto Pidá, seu primo e alegado líder do gangue da Ribeira do Porto, que cumpre 24 anos de prisão pelo homicídio de um segurança cabo-verdiano em 2007. Nesse ano, o Porto ficou marcado por uma guerra entre grupos de seguranças da qual resultaram outras três mortes.