Prince diz adeus ao streaming
Músico norte-americano mandou retirar o seu catálogo de serviços como o Spotify ou o Apple Music.
Onde antes se podia ouvir Why You Wanna Treat Me So Bad?, Purple Rain ou Cream, surge agora uma mensagem: “A editora de Prince pediu a todos os serviços de streaming que removessem o seu catálogo”. Lemos isto no Spotify mas também no Rdio ou no novo Apple Music, onde a música do norte-americano não está disponível. “Cooperámos com o pedido e esperamos trazer a sua música de volta assim que possível”, lê-se na nota deixada pelo Spotify na página de Prince.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Onde antes se podia ouvir Why You Wanna Treat Me So Bad?, Purple Rain ou Cream, surge agora uma mensagem: “A editora de Prince pediu a todos os serviços de streaming que removessem o seu catálogo”. Lemos isto no Spotify mas também no Rdio ou no novo Apple Music, onde a música do norte-americano não está disponível. “Cooperámos com o pedido e esperamos trazer a sua música de volta assim que possível”, lê-se na nota deixada pelo Spotify na página de Prince.
A Pitchfork escreve que Prince apenas deixou a sua discografia disponível para audição no Tidal, o serviço de streaming que Jay Z relançou em Março, depois de o ter comprado por 56 milhões de dólares (50 milhões de euros), com a promessa de dar uma “nova direcção” ao sector musical de “um ponto de vista criativo e comercial”.
Jay Z tem procurado ganhar audiência para o seu serviço através de uma oferta selectiva. A sua estratégia passa por encorajar os artistas a defenderem e promoverem as suas editoras ao difundirem conteúdo exclusivo no Tidal, oferecendo assim aos seus utilizadores a garantia de conteúdos premium. Ao contrário do Spotify, o Tidal não tem uma opção gratuita — é apenas possível experimentar o serviço sem pagar durante um período de 30 dias.
Do lado de Jay Z têm estado cada vez mais nomes do meio musical, da sua mulher Beyoncé a Rihanna – que esta semana se tornou na artista com o maior número de sempre de singles digitais vendidos ao ultrapassar a marca das 100 milhões de cópias –, Kanye West, Madonna, Jack White, Daft Punk ou Arcade Fire. No final de Abril, também Prince se associou à marca com a transmissão em directo do concerto que teve como mote a canção Baltimore, com a qual reagiu à morte do jovem afro-americano Freddie Gray às mãos da polícia norte-americana. Chamou então ao concerto Rally for Peace (“Comício pela Paz”).
Têm sido muitos os artistas a criticar o modelo de negócio destes serviços de streaming. No caso, por exemplo, do Spotify, o pagamento é feito em função de cada música que é ouvida, e do tipo de serviço subscrito, gratuito ou pago. Cada stream vale menos de um cêntimo, mas quanto mais audições tiver maior será a receita. No passado, Thom Yorke, líder dos Radiohead, também retirou todo o seu trabalho a solo, assim como também David Byrne já criticou publicamente o serviço. Mais recentemente, foi Taylor Swift, uma campeã de vendas, que decidiu tirar a sua música dirigindo duras críticas aos baixos pagamentos feitos aos artistas.