Crítica
Cinema
O Exterminador cansado
Quando Schwarzie diz “I’ll back” parece dizê-lo com o tom maçado de quem não acredita que trinta anos depois a line ainda possa funcionar.
Terminator Genisys é marginalmente melhor do que a última tentativa de fazer render a série, o Terminator Salvation de 2009: tem o regresso de Schwarzenegger a retomar o seu T-800 agora grisalho, tem uma relação directa com a intriga do filme de Cameron (embora nos seus paradoxos cronológicos complicados essa relação se estique até à completa falta de sentido, útil pelo menos), e tem um bocadinho mais de realidade do que o festival de efeitos especiais que era Salvation. Mas depois falta imaginação, porque a complexidade da narrativa, sempre a ser explicada, não tem correspondência na intensidade dramatúrgica, porque tudo se resume às mesmas cenas de pancadaria high tech entre cyborgs auto-recicláveis, porque falta humor – mesmo quando Schwarzie diz I’ll back parece dizê-lo com o tom maçado de quem não acredita que trinta anos depois aquela line ainda possa funcionar – ainda por cima ele, que esteve no Last Action Hero de McTiernan e já encheu a barriga de auto-paródia como deve ser.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Terminator Genisys é marginalmente melhor do que a última tentativa de fazer render a série, o Terminator Salvation de 2009: tem o regresso de Schwarzenegger a retomar o seu T-800 agora grisalho, tem uma relação directa com a intriga do filme de Cameron (embora nos seus paradoxos cronológicos complicados essa relação se estique até à completa falta de sentido, útil pelo menos), e tem um bocadinho mais de realidade do que o festival de efeitos especiais que era Salvation. Mas depois falta imaginação, porque a complexidade da narrativa, sempre a ser explicada, não tem correspondência na intensidade dramatúrgica, porque tudo se resume às mesmas cenas de pancadaria high tech entre cyborgs auto-recicláveis, porque falta humor – mesmo quando Schwarzie diz I’ll back parece dizê-lo com o tom maçado de quem não acredita que trinta anos depois aquela line ainda possa funcionar – ainda por cima ele, que esteve no Last Action Hero de McTiernan e já encheu a barriga de auto-paródia como deve ser.