Há uma farmácia de um hospital que está a ser "um exemplo de sucesso"
Farmácia do hospital de Loures abriu em 2014 com rendas fixas e variáveis muito mais baixas do que as seis que começaram a funcionar no tempo do Governo anterior
Esta farmácia, ao contrário das outras seis, que estipularam rendas fixas e percentagens sobre a facturação elevadíssimas (a do hospital de Santa Maria, em Lisboa, por exemplo, tinha uma renda fixa de 600 mil euros/ano) e por isso não conseguiram sobreviver, “tem cumprido sempre as suas obrigações” e “a sua exploração está equilibrada”, sublinha Eunice Barata, sem revelar, porém, quanto é que esta paga de renda fixa e variável ao hospital.
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Esta farmácia, ao contrário das outras seis, que estipularam rendas fixas e percentagens sobre a facturação elevadíssimas (a do hospital de Santa Maria, em Lisboa, por exemplo, tinha uma renda fixa de 600 mil euros/ano) e por isso não conseguiram sobreviver, “tem cumprido sempre as suas obrigações” e “a sua exploração está equilibrada”, sublinha Eunice Barata, sem revelar, porém, quanto é que esta paga de renda fixa e variável ao hospital.
A comparação com as outras seis tem que ser feita com cuidado. Além de ter começado a funcionar numa época completamente diferente das outras, já em clima de austeridade e contenção de custos, esta farmácia abriu ao público em circunstâncias muito diversas. No concurso público para a concessão da sua exploração, era proposto "um tecto máximo" sobre as rendas a pagar e “os concorrentes colaram-se ao mínimo”, admitiu ao PÚBLICO uma fonte ligada ao processo.
Por exemplo, a percentagem sobre a facturação proposta começava nos "3,5%", um valor substancialmente inferior ao negociado pelas outras farmácias, admitiu, sem querer também adiantar qual é o montante da renda fixa anual que é pago ao hospital, mas reconhecendo que fica "significativamente abaixo das outras". "É o valor que paga qualquer loja comercial", afirma.
Para Eunice Barata, o importante é salientar que esta é uma farmácia com “vantagens económicas para o Estado, que recebe uma parcela da sua facturação, e para o utente, que beneficia da comodidade” de ter um estabelecimento destes no hospital. “Provamos assim que o modelo de farmácia de atendimento ao público, dentro de um hospital, é um modelo economicamente viável”, conclui.