Ministra suspende por 90 dias subcomissário que agrediu adepto em Guimarães
Anabela Rodrigues instaura processo disciplinar a polícia, que aguarda desfecho do caso suspenso preventivamente, como sugeriu Inspecção-Geral da Administração Interna.
Anabela Rodrigues aceita assim as recomendações da Inspecção-Geral da Administração Interna, que realizou um inquérito aos incidentes ocorridos a 17 de Maio, junto ao Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães. O episódio ocorreu no final do jogo entre o V. Guimarães e o Benfica, na penúltima jornada do campeonato nacional e no qual os “encarnados” se sagraram campeões.
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Anabela Rodrigues aceita assim as recomendações da Inspecção-Geral da Administração Interna, que realizou um inquérito aos incidentes ocorridos a 17 de Maio, junto ao Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães. O episódio ocorreu no final do jogo entre o V. Guimarães e o Benfica, na penúltima jornada do campeonato nacional e no qual os “encarnados” se sagraram campeões.
Num comunicado divulgado ao final da tarde pelo Ministério da Administração Interna, dá-se conta de que, com base nas diligências realizadas e nos elementos recolhidos, a ministra decidiu instaurar um processo disciplinar contra o subcomissário Filipe Silva "pela prática de infracções disciplinares que integram a violação dos deveres de correcção, obediência, zelo e aprumo". Foi, ainda, "decretada a suspensão preventiva do subcomissário "pelo período de 90 dias. Esta medida não constitui uma sanção disciplinar, pretendendo evitar que a presença continuada do trabalhador prejudique o procedimento disciplinar.
A ministra decidiu ainda arquivar o processo em relação a um outro agente da mesma força policial.
A PSP já tinha aberto um processo disciplinar ao subcomissário que agrediu o adepto à frente do filho. As imagens permitiram ver que o responsável da PSP, comandante da esquadra de investigação criminal da PSP de Guimarães, trocara o bastão longo por um outro de aço e extensível enquanto agredia a vítima. A criança, que assistia em pânico ao episódio, foi protegida por um agente do corpo de intervenção, que tentava impedir que visse o que estava a acontecer com o pai, um empresário de Matosinhos.
O Ministério Público também está a investigar o caso depois de ter recebido uma denúncia que apontava para "suspeitas da prática de crime de abuso de poder durante a actuação policial”, referiu na altura a Procuradoria-Geral Distrital do Porto. O subcomissário alegou ter sido alvo de injúrias e garantiu que o adepto lhe cuspiu, uma versão negada pelo empresário de Matosinhos, quando foi ouvido no tribunal.