Reino Unido chumba mais um projecto de fracking
Segunda reprovação em duas semanas dão força aos protestos contra a polémica técnica para recolher gás e petróleo aprisionados em rochas no subsolo.
As autoridades locais de Lancashire, no centro do país, rejeitaram um pedido da empresa Cuadrilla Resources para realizar quatro furos exploratórios para a aplicação da técnica de fracking – como é conhecida em inglês – em Preston, perto de Blackpool. O argumento foi o de que a exploração teria impactos visuais e sonoros significativos.
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As autoridades locais de Lancashire, no centro do país, rejeitaram um pedido da empresa Cuadrilla Resources para realizar quatro furos exploratórios para a aplicação da técnica de fracking – como é conhecida em inglês – em Preston, perto de Blackpool. O argumento foi o de que a exploração teria impactos visuais e sonoros significativos.
Na semana passada, outro projecto da Cuadrilla Resources tinha sido também reprovado, devido aos seus efeitos no trânsito local.
A empresa não estava à espera deste resultado, dado que os técnicos que avaliaram o projecto tinham recomendado a sua aprovação. “Estamos surpresos e desapontados”, referiu a empresa, num comunicado citado pela agência Reuters.
A exploração de gás e petróleo de xisto com recurso ao fracking é uma aposta forte do governo de David Cameron, num momento em que a produção convencional a partir de reservas do mar do Norte está em queda. O Reino Unido quer seguir os passos dos Estados Unidos, onde o fracking provocou uma verdadeira revolução no abastecimento energético do país, multiplicando a produção nacional de petróleo e gás.
A fracturação hidráulica é, porém, fortemente contestada por comunidades locais e grupos ambientalistas, pelos riscos de poluição de água subterrânea, libertação de substâncias perigosas e alteração profunda do subsolo. Outro projecto da Cuadrilla perto de Blackpool foi abandonado em 2010, depois de ter provocado um pequeno sismo. Durante um ano e meio, o fracking esteve sob uma moratória, levantada em 2012.