O São João do Porto esteve “debaixo de olho” no novo Centro de Gestão Integrada

O novo Centro de Gestão Integrada da Câmara Municipal do Porto foi apresentado esta sexta-feira.

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O centro está instalado no 5.º piso dos Paços do Concelho Rita França

“Tratar de forma mais inteligente as respostas aos problemas” é um dos princípios que a autarquia pretende privilegiar num conceito de smart cities. As informações recolhidas pelas 133 câmaras de gestão de tráfego e o trabalho das equipas da Polícia Municipal, do Comando Metropolitano da PSP e do Batalhão de Sapadores Bombeiros presentes no Centro de Gestão Integrada vão permitir “perceber como está o trânsito, gerir a qualidade do ar e limpar rapidamente a cidade depois de um evento”.

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“Tratar de forma mais inteligente as respostas aos problemas” é um dos princípios que a autarquia pretende privilegiar num conceito de smart cities. As informações recolhidas pelas 133 câmaras de gestão de tráfego e o trabalho das equipas da Polícia Municipal, do Comando Metropolitano da PSP e do Batalhão de Sapadores Bombeiros presentes no Centro de Gestão Integrada vão permitir “perceber como está o trânsito, gerir a qualidade do ar e limpar rapidamente a cidade depois de um evento”.

Os muitos ecrãs e computadores da sala dos Paços do Concelho onde o centro está instalado permitem assistir em tempo real ao que está a acontecer em várias zonas do Porto. E se a gestão de recursos humanos disponíveis para as intervenções é primordial, existe ainda um mapa que permite localizar todas as viaturas da autarquia; inclusive as que estão em circulação, assinaladas a verde e as que estão paradas, sinalizadas a vermelho. Uma função muito útil se for necessário, por exemplo, fazer deslocar um piquete para alguma zona específica da cidade em caso de acidente ou de queda de uma árvore.

Durante a apresentação do novo centro, os vereadores aproveitaram para fazer um ponto da situação do novo sistema de videovigilância da Baixa, que poderá entrar em funcionamento a "qualquer momento". As imagens captadas pelas quatro câmaras deste projecto-piloto não vão chegar ao Centro de Gestão Integrada, mas à PSP. Contudo, em caso de necessidade, esta força policial pode recorrer aos serviços do centro para tentar esclarecer algumas situações menos claras captadas pelo serviço de videovigilância.

Por exemplo, se as câmaras detectarem um grande ajuntamento de pessoas, cuja origem seja pouco clara, a PSP pode questionar o centro sobre se há ali algum evento a decorrer ou algum corte de via que justifique a aglomeração.

O projecto da videovigilância na Baixa, pelo período de três meses, prorrogáveis, foi aprovado a 20 de Novembro do ano passado pelo Ministério da Administração Interna, mas a Câmara do Porto preferiu não o colocar logo em vigor, apostando na época alta do Verão. Segundo fonte do município, neste momento toda a parte técnica está montada, estando o sistema em fase de testes.

Contudo, os vereadores Manuel Sampaio Pimentel e Filipe Araújo não quiseram alongar-se sobre esta matéria, preferindo chamar a atenção para o facto de a videovigilância estar assente em parcerias com empresas como a IBM.Os dois vereadores afirmaram que o objectivo não é transmitir a ideia de que “o Porto não é uma cidade segura”, mas prevenir eventuais complicações e melhorar a resposta das forças de segurança.

Texto editado por José António Cerejo