Estações do Metro encerradas devido a greve de 24 horas

Sindicato diz que adesão está em torno dos 100%. É o oitavo protesto este ano.

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O Governo atribuiu ao grupo espanhol Avanza a subconcessão do metro Enric Vives-Rubio
"Nesta altura os trabalhadores das áreas operacionais estão a corresponder a mais um dia de luta com índices de adesão dentro dos mesmos moldes das lutas anteriores" que têm rondado os 100%, disse à agência Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).

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"Nesta altura os trabalhadores das áreas operacionais estão a corresponder a mais um dia de luta com índices de adesão dentro dos mesmos moldes das lutas anteriores" que têm rondado os 100%, disse à agência Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).As estações do Metropolitano de Lisboa encerraram às 23h20 de quinta-feira devido à greve de 24 horas em protesto contra a subconcessão da empresa e contra a possível dispensa de trabalhadores, estando prevista a reabertura às 6h30 de sábado.Questionada sobre a questão dos utentes estarem a ser afectados com as repetidas greves no metro, Anabela Carvalheira mostrou-se compreensiva, mas salientou que se a privatização se vier a concretizar, os utentes "seriam, juntamente com os trabalhadores, os grandes lesados"."Obviamente, entendo que os utentes que utilizam o metro, que é um transporte determinante na cidade de Lisboa, sintam algum incómodo. O que é um facto é que nós lutamos também em defesa do serviço público de transporte e do transporte de qualidade a preços sociais", justificou.

A greve, a oitava realizada este ano, pretende protestar contra a subconcessão da empresa, já atribuída pelo Governo à empresa espanhola Avanza, e contra a prevista dispensa de trabalhadores.

O tribunal arbitral do Conselho Económico e Social (CES) não decretou serviços mínimos para a circulação de composições.

Em contrapartida, o acórdão obrigou os trabalhadores a assegurarem os serviços necessários à segurança e manutenção do equipamento e das instalações.

O tribunal justificou a decisão com o facto de existirem em Lisboa meios de transporte alternativos ao Metropolitano e de não haver coincidência de outras greves nos transportes na mesma área geográfica.

A rodoviária Carris anunciou o reforço de algumas das carreiras de autocarros entre as 6h30 e as 21h desta sexta-feira, nomeadamente a 726 (Sapadores - Pontinha Centro), a 736 (Cais do Sodré – Odivelas, Bairro Dr. Lima Pimentel), a 744 (Marquês de Pombal – Moscavide, Quinta das Laranjeiras) e a 746 (Marquês de Pombal - Estação Damaia).

O Governo atribuiu na sexta-feira passada a subconcessão do Metropolitano de Lisboa (assim como da rodoviária Carris) ao grupo espanhol de transportes urbanos Avanza, cuja assinatura do contrato tem como data de assinatura de referência 15 de Julho.