Farmácia privada junto ao Hospital de S. João, no Porto, encerra na sexta-feira

A farmácia do Hospital de São João é a última das farmácias privadas abertas em 2010 em actividade. Encerra sexta-feira com uma dívida de mais de 6,2 milhões de euros.

Foto

O CHSJ refere que tem na justiça este processo há três anos, aguardando ainda a sua resolução. Em relação ao destino das instalações, a administração do "São João" salienta que “tem várias necessidades em termos de espaços. Uma das possibilidades de utilização do edifício é a instalação da Farmácia de Ambulatório, para melhor servir os utentes”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O CHSJ refere que tem na justiça este processo há três anos, aguardando ainda a sua resolução. Em relação ao destino das instalações, a administração do "São João" salienta que “tem várias necessidades em termos de espaços. Uma das possibilidades de utilização do edifício é a instalação da Farmácia de Ambulatório, para melhor servir os utentes”.

A farmácia do Hospital de São João, no Porto, inaugurada em Junho de 2010, pela então ministra da Saúde socialista, Ana Jorge, nunca terá pagado, entre outros valores, os 500 mil euros anuais de renda, nem a parcela variável de 15% do valor da facturação anual a que se comprometeu no contrato de concessão. Das seis farmácias privadas abertas em 2010 junto a unidades de saúde públicas em vários pontos do país, só a do "São João" se mantinha em actividade.

Contra o encerramento definitivo desta farmácia está a decorrer uma petição online, individual, da iniciativa do funcionário Nelson Montalvão que visa a recolha de 4000 assinaturas para a continuação da farmácia ser discutida pela Assembleia da República. Em declarações ao Jornal de Notícias, Nelson Montalvão disse que "estão em causa 22 postos de trabalho e o serviço a uma grande comunidade de utentes, onde se insere o hospital". Segundo o funcionário, "a farmácia é viável, uma vez que atendem, em média, mil utentes por dia".