Paulo Pereira Cristóvão foi para casa com pulseira electrónica
Antigo vice-presidente do Sporting estava na cadeia de Évora desde Março, por suspeitas de integrar uma rede criminosa que se dedicava ao assalto de residências.
Segundo um comunicado emitido pela Polícia Judiciária há três meses, Pereira Cristóvão integrava uma organização criminosa, não participando directamente nos assaltos. Para se introduzirem nas casas, os operacionais do grupo fingiam estar a levar a cabo acções policiais para cumprimento de buscas domiciliárias ordenadas pela justiça. Os ladrões apresentavam-se fardados de polícias – três dos suspeitos são agentes da PSP – e terão mesmo chegado a falsificar mandados de busca.
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Segundo um comunicado emitido pela Polícia Judiciária há três meses, Pereira Cristóvão integrava uma organização criminosa, não participando directamente nos assaltos. Para se introduzirem nas casas, os operacionais do grupo fingiam estar a levar a cabo acções policiais para cumprimento de buscas domiciliárias ordenadas pela justiça. Os ladrões apresentavam-se fardados de polícias – três dos suspeitos são agentes da PSP – e terão mesmo chegado a falsificar mandados de busca.
Os investigadores disseram na altura haver fortes indícios da prática de delitos ligados à criminalidade violenta, mas também perigo de fuga, de destruição de provas e de continuação da actividade criminosa, bem como de perturbação da ordem pública, razão pela qual o antigo inspector, indiciado por associação criminosa, sequestro e roubo, ficou no estabelecimento prisional de Évora até esta quarta-feira. Do rol de arguidos deste caso faz ainda parte o dirigente da claque leonina Juve Leo Nuno Vieira Mendes, mais conhecido por “Mustafá. O grupo terá roubado perto de uma dezena de habitações, causando prejuízos que, somados, atingem várias centenas de milhares de euros.
Tanto Pereira Cristóvão como “Mustafá” seriam responsáveis pela escolha de potenciais vítimas dos roubos, consoante os objectos de valor que poderiam ter em casa. O grupo foi desmantelado pela Unidade Nacional Contra o Terrorismo da Judiciária.
Quando estava na Judiciária, Pereira Cristóvão chegou a ser acusado de torturar Leonor Cipriano, a algarvia condenada pela morte da filha Joana, mas foi ilibado.