Candidato presidencial Cândido Ferreira pede investigação à privatização da TAP

O médico deixou ainda uma crítica ao Presidente da República, por ter afirmado sentir-se "aliviado" com a privatização da transportadora aérea nacional.

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PS diz que não há "condições legais nem politicas" para que se mantenha o processo de venda da TAP Paulo Ricca

"Entregámos um documento, uma carta, em que estamos a solicitar que a Procuradoria-Geral da República investigue e averigúe os contornos da operação de privatização da TAP – Air Portugal, operação que nos deixa, e a todos os portugueses, sérias dúvidas", afirmou em declarações à Lusa.

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"Entregámos um documento, uma carta, em que estamos a solicitar que a Procuradoria-Geral da República investigue e averigúe os contornos da operação de privatização da TAP – Air Portugal, operação que nos deixa, e a todos os portugueses, sérias dúvidas", afirmou em declarações à Lusa.

Cândido Ferreira, médico, que apresentou a sua intenção de candidatura à Presidência da República a 25 de Abril, considerou que "ninguém em Portugal deu resposta a este problema, parece que é um segredo de Estado e um negócio público não pode ser segredo de Estado". Nesse sentido, defendeu que uma investigação da PGR pode "repor alguma serenidade neste país".

Entre as preocupações apresentadas por Cândido Ferreira estão o desconhecimento do que vai acontecer com as rotas, com os trabalhadores e com os aviões.

"Não se sabe se o Estado português assumiu ou não alguma responsabilidade financeira em função da evolução da TAP, isto é, no caso de alguma coisa correr mal, no caso de incumprimento do adjudicatário, não se sabe se perdemos a TAP, se perdemos empregos, se perdemos aviões, e ainda por cima vamos ter que pagar", acrescentou.

O candidato deixou ainda uma crítica ao Presidente da República, Cavaco Silva, por ter afirmado sentir-se "aliviado" com a privatização da transportadora aérea nacional.

"O senhor Presidente da República disse publicamente, provavelmente depois de conhecer os contornos do negócio, que se sentia aliviado, mas como anteriormente outros negócios que os portugueses recordam bem, correram muito mal, os portugueses têm o direito de pensar que possa existir alguma coisa que não esteja muito bem", sublinhou Cândido Ferreira.

Quanto à recolha de apoios para oficializar a sua candidatura à Presidência da República, Cândido Ferreira declarou não ter "grandes problemas na recolha de assinaturas".

" Ao contrário de outras candidaturas, temos alguns bastiões em cinco ou seis cidades neste país onde eu sou perfeitamente conhecido e onde gozo de um apoio muito importante", afirmou.

O Governo anunciou no passado dia 11 de Junho a venda do grupo TAP ao consórcio Gateway, do empresário norte-americano e brasileiro David Neeleman e do empresário português Humberto Pedrosa, cuja assinatura do contrato de compra e venda se realiza a 24 de Junho.