Eurogrupo diz que propostas gregas são “uma base sólida" para negociar um acordo

Ministros das Finanças da zona euro dizem que próximos dias vão ser de negociações, com as novas propostas gregas a servirem de base, para alcançar um acordo até ao final da semana.

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Jeroen Dijsselbloem e Pierre Moscovici AFP PHOTO / JOHN THYS

No final da reunião dos ministros da Finanças da zona euro destinada a preparar a cimeira de líderes que vai acontecer ao fim da tarde, o presidente do Eurogrupo e o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros classificaram as propostas enviadas pela Grécia na manhã desta segunda-feira como “bem-vindas”, “positivas”, uma “base sólida” e “um passo na direcção certa”. O acordo ainda não está garantido, mas as expectativas de Jeroen Dijsselbloem e Pierre Moscovici são as de que um entendimento pode vir a ser obtido até ao final desta semana.

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No final da reunião dos ministros da Finanças da zona euro destinada a preparar a cimeira de líderes que vai acontecer ao fim da tarde, o presidente do Eurogrupo e o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros classificaram as propostas enviadas pela Grécia na manhã desta segunda-feira como “bem-vindas”, “positivas”, uma “base sólida” e “um passo na direcção certa”. O acordo ainda não está garantido, mas as expectativas de Jeroen Dijsselbloem e Pierre Moscovici são as de que um entendimento pode vir a ser obtido até ao final desta semana.

“Vemos as novas propostas apresentadas pelo Governo grego como um passo bem vindo e positivo”, disse o presidente do Eurogrupo, explicando que, como as instituições que compõem a troika (Comissão Europeia, FMI e BCE) tiveram pouco tempo para as analisar, deram aos ministros das Finanças apenas uma primeira ideia de qual é a sua avaliação, sendo preciso a partir de agora “fazer todos os cálculos para ver se tudo bate certo”. “Se tudo correr bem, será agendada mais uma reunião do Eurogrupo até ao final desta semana”, disse.

De qualquer modo, Dijsselbloem reiterou que as instituições desde já transmitiram ao Eurogrupo que as propostas gregas eram “abrangentes” e uma “boa base”. E retirou qualquer importância ao facto de ter havido duas propostas diferentes vindas da Grécia (uma no domingo à noite e outra na segunda-feira de manhã), dizendo que lhe pareceram as duas muito semelhantes.

A mesma expressão foi usada por Pierre Moscovici, que especificou ainda que as negociações de carácter técnico têm condições para serem iniciadas esta tarde. “É uma boa base de trabalho, mas ainda é preciso fazer mais trabalho, que irá ser imediatamente iniciado e em conjunto”, disse o comissário.

Uma das tarefas que irá ser realizada nestas negociações é a definição da lista de medidas antecipadas (aprovadas pelo Parlamento grego já antes da disponibilização do dinheiro) que têm de ser aplicadas.

Um jornalista perguntou se ainda fazia sentido realizar a cimeira de líderes esta segunda-feira ao final da tarde, tendo em conta que um acordo ainda dependerá de mais uma reunião do Eurogrupo. Jeroen Dijsselbloem disse que “os líderes podem sempre ter uma opinião diferente”.

Num cenário optimista, tudo parece inclinar-se assim para que, depois da cimeira de líderes ainda esta segunda-feira, se venha a realizar até quinta-feira mais uma reunião do Eurogrupo, podendo um acordo final ser estabelecido na reunião do Conselho Europeu que já estava agendada para os dois últimos dias desta semana.

Ainda não foi apresentado oficialmente o conteúdo das novas propostas gregas. Alguns meios de comunicação social internacionais dão conta de algumas cedências da Grécia no IVA, aceitando a passagem de determinados bens para uma taxa mais elevada, e nas pensões, apontando para um processo mais rápido de limitação do acesso às reformas antecipadas. A Grécia mantém a expectativa de que os credores assumam a possibilidade de concretização de uma reestruturação da dívida.