Moody’s diz que bancos portugueses continuam vulneráveis a saída da Grécia

Agência de notação aponta que a banca de Chipre, Itália, Espanha e Irlanda também está mais exposta.

Foto
Investidores estão mais confiantes do que há três anos, diz a agência Maria João Gala

Numa nota emitida nesta segunda-feira, um dia crucial para o destino da Grécia na zona euro, a agência refere que toda a banca europeia está hoje “mais resistente a choques externos do que durante o pico da crise da zona euro”. Contudo, aponta que os bancos do Chipre (cujo colapso levou a um controlo de capitais), da Irlanda (outro país que fez um empréstimo internacional), de Itália, de Espanha (onde o sector bancário recebeu um resgate financeiro) e de Portugal “ainda estão vulneráveis a um eventual cenário de saída” daquele país.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Numa nota emitida nesta segunda-feira, um dia crucial para o destino da Grécia na zona euro, a agência refere que toda a banca europeia está hoje “mais resistente a choques externos do que durante o pico da crise da zona euro”. Contudo, aponta que os bancos do Chipre (cujo colapso levou a um controlo de capitais), da Irlanda (outro país que fez um empréstimo internacional), de Itália, de Espanha (onde o sector bancário recebeu um resgate financeiro) e de Portugal “ainda estão vulneráveis a um eventual cenário de saída” daquele país.

“Situações herdadas da crise anterior ainda pesam na capacidade [dos bancos dos países periféricos] de regressar a uma situação de saúde financeira completa, ao mesmo tempo que estes estão mais susceptíveis a terem acesso restrito ao mercado e custos mais elevados de financiamento”, observa o director da unidade de instituições financeiras da agência, Sean Marion.

A Moody’s, porém, ressalva que não vê a saída da Grécia da moeda única como o desfecho mais provável e que o risco de falta de liquidez nos mercados por contágio da situação grega é menor do que há três anos, graças a uma maior confiança dos investidores e aos mecanismos entretanto desenvolvidos pelas instituições europeias.