Presidentes das maiores construtoras do Brasil presos por corrupção
É mais uma etapa da Operação Lava Jato, que investiga a corrupção em torno da empresa estatal Petrobras.
A operação policial no âmbito da investigação Lava Jato à rede de corrupção em torno da petrolífera nacional, envolveu 220 agentes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e vai executar 12 mandados de prisão preventiva e temporária e 38 pedidos de busca e apreensão.
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A operação policial no âmbito da investigação Lava Jato à rede de corrupção em torno da petrolífera nacional, envolveu 220 agentes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e vai executar 12 mandados de prisão preventiva e temporária e 38 pedidos de busca e apreensão.
Nesta nova fase da Operação Lava Jato foi revelada a existência de um grande esquema de pagamento de luvas em troca de contratos com as empresas ligadas à Petrobras. O esquema custou à gigante estatal do petróleo dois mil milhões de dólares revelaram os investigadores.
Entre os já detidos estão os presidentes destas duas empresas, Otávio Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, e Marcelo Odebrecht que são acusado de não só saberem do esquema de corrupção como de participarem directamente nas negociações.
As autoridades sublinharam que a Odebrecht recusou colaborar na investigação. A que é a maior empreiteira do Brasil tinha enviado um documento à polícia federal a dizer que "não participa de esquemas ilícitos, menos ainda com a finalidade de pagar vantagens indevidas a servidores públicos ou executivos de empresas estatais".
Porém, "apareceram indícios concretos comprovando que eles tiveram contacto ou participações directas em actos que levaram à formação de cartel", disse o procurador Carlos Fernando Lima, citado pelo jornal O Globo.
Os crimes de que os envolvidos são acusados são "formação de cartel, fraude, corrupção, desvio de fundos públicos e branqueamento de capitais".
Uma parte das "luvas" foram pagas a políticos, na sua maioria deputados ou senadores da coligação de centro-esquerda no poder, nomeadamente ao antigo tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT, da Presidente Dilma Rousseff), João Vaccari Neto, que está preso.
A Andrade Gutierrez e a Odebrecht operam em 40 e 20 países, respectivamente, e estão envolvidas nos trabalhos do parque olímpico que está a ser construído no Rio de Janeiro.