E3 2015: os melhores dias do ano estão aqui

É quase como se juntassem o Natal, o fim-de-ano, o nosso aniversário, tudo num só evento. Pelo menos essa é a energia que fico em cada nova edição

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A E3 é sem dúvida nenhuma a grande Meca para os aficionados dos videojogos. É quase como se juntassem o Natal, o fim-de-ano, o nosso aniversário, tudo num só evento. Pelo menos essa é a energia que fico em cada nova edição. O próprio ar durante os dias da E3 parece que é mais rico.

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A E3 é sem dúvida nenhuma a grande Meca para os aficionados dos videojogos. É quase como se juntassem o Natal, o fim-de-ano, o nosso aniversário, tudo num só evento. Pelo menos essa é a energia que fico em cada nova edição. O próprio ar durante os dias da E3 parece que é mais rico.

No ano anterior, tivemos, na minha opinião, uma das melhores conferências da E3 com bastante equilíbrio em todas as intervenções. Por isso, este ano esperava que continuássemos na mesma onda. É importante haver competitividade neste mercado.

Começando pelo princípio, a edição deste ano teve a Bethesda com as honras de abrir as festividades. E que início! Dois títulos que viraram a cabeça de toda a gente foram certamente o anúncio do novo "Doom", assim como "Fallout 4". Estava dado aqui o mote para uma grande E3. Durante horas quase todas as conversas acabavam invariavelmente nas questões, “viste o trailer do novo 'Doom'?” ou “estou entusiasmado com o novo 'Fallout 4' e sou capaz de comprar a edição especial com o Pip-Boy”.

Ao início da tarde foi a vez da Microsoft que continuou com a mesma energia. Pelo menos três razões muito fortes foram dadas a todos aqueles que teriam dúvidas sobre a Xbox One. A primeira, a retrocompatibilidade anunciada com os jogos da Xbox 360, a segunda, o novo hardware, onde se incluiu um novo comando, assim como uma parceria entre o Oculus Rift, Hololens e Valve. Finalmente, a terceira, os exclusivos. Se houve palavra que foi repetida até à exaustão foi essa. Só alguns nomes: "Halo 5", "Forza 6", "Gears of War Ultimate Edition", e os novos IP's "Gigantic", "Ashen" e... "Recore". Este último fez-me lembrar o clássico "Beneath a Steel Sky", principalmente devido à mecânica de colocar o core do nosso ajudante robótico em diversas estruturas diferentes. Por todas estas razões, fiquei com uma impressão muito positiva sobre toda a apresentação da Microsoft.

Umas horas depois seguiu-se a conferência da Electronic Arts e foi de longe... a mais fraca. Nos últimos anos parece que a EA ainda não conseguiu encontrar um equilíbrio para manter a mesma energia das outras intervenções da concorrência. No entanto, alguns trunfos foram relevados, como "Mass Effect Andromeda" (só trailer), um novo "Need for Speed", uma sequela do "Garden Warfare", e "Star Wars The Old Republic". E sem ninguém esperar, um novo IP – "Unravel". A mim fez-me lembrar uma mistura entre o "Limbo" e o "Word of Goo". Um título que mereceu plenamente a minha atenção. Infelizmente a partir daqui parece que a energia quase que se esvaziou. Com direito a um momento com o Pelé... estranho. Uma história sobre penalties num inglês macarrónico e uma palmadinha nas costas. E pronto. Vai-te lá embora Pelé que está na hora dos teus remédios. Completamente estranho.

Felizmente, a EA tinha um trunfo escondido, "Star Wars: Battlefront". De repente, o novo Doom e Fallout 4 estavam todos esquecidos. A frase de ordem era “viste o Star Wars: Battlefront?”. Não se falava de quase mais nada.

Faltava a última grande produtora. Desta vez a nossa conhecida Ubisoft, que sabiamente começou com o novo "South Park: The Fracture But Whole" (trocadilho excelente). Seguiu-se o novo IP, "For Honor", apresentado com um carisma excepcional. A Ubisoft continuou a pressionar, e tivemos direito pelo terceiro ano consecutivo ao "The Division", desta vez com data de lançamento da beta (Março de 2016). Um pouco mais tarde, chegou "Rainbox Six: Siege", que teve igualmente direito a brilhar (embora se tenha notado o super ensaiado "gameplay"), assim como o novo "Assassin's Creed: Syndicate". Deixo igualmente uma palavra de apreço para "Trackmania TM Turbo".

O melhor estava, como sempre, guardado para o fim. Desta vez a Ubisoft mostrou-nos "Ghost Recon: Wildlands". Fechando assim uma série de três títulos anunciados com o nome do Tom Clancy (os outros dois foram os supramencionados "Rainbox Six: Siege" e "The Division"). Talvez uma homenagem ao autor recentemente falecido? Não sei, mas pareceu.

Falta a Sony e a Nintendo apresentarem as suas conferências, mas isso fica para uma futura crónica. Tenho de me ir acalmar e digerir tudo isto. São os melhores dias do ano por alguma razão.