"Queremos encher de vida o património da cidade"
A língua portuguesa e as vivências das repúblicas estudantis são o mote para a segunda edição dos Sons da Cidade, num percurso sonoro pelas ruas onde também cabe Capicua e o Cante Alentejano. E o fado de Coimbra, claro.
Coimbra assinala entre os dias 20 e 22 os dois anos da inscrição como Património Mundial, com Canção de Coimbra, poesia e instalações sonoras, e reserva espaço para destacar o património imaterial das repúblicas de estudantes. "Queremos encher de vida o património da cidade", sublinhou a vice-reitora da Universidade de Coimbra Clara Almeida Santos, afirmando que, com o programa apresentado, se pretende também dar a conhecer diversos espaços da cidade.
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Coimbra assinala entre os dias 20 e 22 os dois anos da inscrição como Património Mundial, com Canção de Coimbra, poesia e instalações sonoras, e reserva espaço para destacar o património imaterial das repúblicas de estudantes. "Queremos encher de vida o património da cidade", sublinhou a vice-reitora da Universidade de Coimbra Clara Almeida Santos, afirmando que, com o programa apresentado, se pretende também dar a conhecer diversos espaços da cidade.
Nesse sentido, a 2.ª edição do evento Sons da Cidade vai destacar as repúblicas de Coimbra, património imaterial, com um percurso no primeiro dia entre a Alta e a Baixa de Coimbra, onde vai haver um convite para a entrada em algumas das oito repúblicas que participam no evento. Durante os três dias, realiza-se igualmente uma recolha de paisagens sonoras destas casas de estudantes, uma instalação sonora junto às repúblicas do Kuarenta e Rás-te-Parta, poesia na rua da Pra-Kys-Tão, um ciclo de cinema na Rás-te-Parta, entre outras atividades.
Segundo José Miguel Pereira, presidente da direção do Jazz ao Centro Clube (JACC) e uma das entidades organizadoras do evento, o destaque às repúblicas é também uma forma de mostrar "a situação difícil e que ameaça" a sobrevivência destas casas de estudantes, sendo a sua inclusão no programa uma forma de a sua importância "estar visível".
O programa de comemorações começa com um debate sobre o Património Mundial Imaterial, no Museu Académico, que vai contar com a participação da secretária executiva da Comissão Nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Rita de Brito, da diretora do Museu do Fado (género musical inscrito na lista da UNESCO em 2011), Sara Pereira, e do diretor do Cante alentejano (inscrito em 2014), Paulo Lima.
No primeiro dia do Sons da Cidade, realiza-se um concerto de Vitor Rua, um dos fundadores dos GNR, no Largo de São Salvador, às 17h45, uma instalação sonora da Casa da Esquina de narrativas de cidadãos sobre Coimbra e o país, no Arco da Almedina, às 20h00, um espetáculo do Grupo Coral de Beja na Rua da Sofia, às 20:15, e um concerto da rapper Capicua e do grupo de rap e ‘spoken word' A Resistência, às 22h00, na Praça do Comércio.
Também no dia 20, decorre a "pré-abertura" da Torre do Anto, que será um núcleo evocativo da guitarra e do fado de Coimbra, com "serenatas um pouco diferentes" do habitual, com a atuação de vários intervenientes, destacou a vereadora da Câmara de Coimbra Carina Gomes, durante a apresentação do programa, que decorreu no Museu Académico.
O evento termina no dia 22 com a apresentação do restauro da Porta Férrea da Universidade de Coimbra e com o lançamento do postal dos CTT "725 anos da Universidade de Coimbra".
O evento é organizado em conjunto pela Universidade de Coimbra, Câmara de Coimbra, JACC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra e a Associação RUAS (Recriar a Universidade, Alta e Sofia).
A Universidade de Coimbra, Alta e Sofia foi classificada como Património Mundial pela UNESCO a 22 de Junho de 2013.