Surto da MERS na Coreia do Sul obriga Organização Mundial da Saúde a reunir-se
Onze mortos e 126 doentes depois, OMS reúne-se para a semana para determinar se surto é “uma crise de emergência de saúde mundial”.
O “comité de emergência vai reunir-se” para discutir a crise, disse nesta sexta-feira em Genebra Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS, citado pela agência noticiosa AFP. “O número de novos casos está a diminuir”, constatou, “mas temos de monitorizar a situação”. O comité vai determinar se o surto “constitui uma situação de emergência de saúde global”, disse ainda. O dia exacto da reunião ainda não foi divulgado.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O “comité de emergência vai reunir-se” para discutir a crise, disse nesta sexta-feira em Genebra Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS, citado pela agência noticiosa AFP. “O número de novos casos está a diminuir”, constatou, “mas temos de monitorizar a situação”. O comité vai determinar se o surto “constitui uma situação de emergência de saúde global”, disse ainda. O dia exacto da reunião ainda não foi divulgado.
A MERS surgiu em 2012, a Arábia Saudita foi o país mais atingido. Já foram infectadas 1227 pessoas em todo o mundo e 449 morreram, o que equivale a uma mortalidade de 36%, de acordo com a OMS. A infecção é uma zoonose, o que significa que o reservatório natural do vírus são animais, que depois passam a doença para as pessoas. Não se sabe qual é a rota de transmissão, mas pensa-se que os camelos são um reservatório muito importante deste vírus.
Contudo, a maioria das transmissões deste tipo de coronavírus tem ocorrido entre pessoas. O vírus não é muito infeccioso. Mas não há qualquer tratamento. Os doentes têm febre, tosse e falta de ar. Há ainda casos de pneumonia. Os sintomas podem variar de intensidade.
O surto na Coreia do Sul iniciou-se depois de um homem de 68 anos ter feito uma viagem de negócios ao Médio Oriente. Quando voltou, ficou doente. Mas só ao nono dia, depois de ter passado por vários centros de saúde, é que foi diagnosticado com MERS, a 20 de Maio.
Entretanto, várias pessoas foram infectadas, causando o receio de uma repetição da situação do surto de pneumonia atípica causado pelo vírus da síndrome respiratória aguda (SARS), iniciada na China em 2002, que causou cerca de 800 mortes em todo o mundo.
A crise actual levou ao Governo da Coreia do Sul a isolar dois hospitais, avança a agência Reuters. Há pelo menos 133 pessoas – doentes e trabalhadores – que estão dentro dos hospitais e não podem sair. “Os enfermeiros com vestuário de protecção estão a alimentar os doentes. Ninguém pode entrar ou sair”, disse um responsável do Governo, citado pela Reuters. Ao todo, há 3680 pessoas em quarentena na Coreia do Sul, de acordo com a AFP. E 1249 pessoas já saíram de quarentena.